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O presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário, assim como os outros seis investigados na Operação Cartão Vermelho, presos na terça-feira (21), passam por audiência de custódia nesta quarta-feira (22).
A Operação investiga desvio dinheiro na FFMS, sendo mais de R$ 6 milhões de setembro de 2018 a fevereiro de 2023, conforme o Ministério Público do Estado (MPMS). Além do presidente, foram presos Aparecido Alves Pereira, Francisco Carlos Pereira, Umberto Alves Pereira, Valdir Alves Pereira, Rudson Bogarim Barbosa e Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira.
Entidade máxima do futebol nacional, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), disse que não foi procurada por nenhum órgão relacionado a investigação e que, portanto, não vai se posicionar sobre o caso, no momento. A CBF informou que precisa de tempo para apurar e reunir informações concretas sobre o caso.
Especificamente no caso de Cezário, a juíza responsável pelo plantão avaliou que a decisão de manter, ou não, o mandatário preso é do magistrado, que vai cuidar do processo criminal. Desta forma, ele segue em um alojamento específico para advogados, localizado no mesmo terreno do Presídio Militar Estadual, no Jardim Noroeste.
O advogado de Cezário, André Borges, disse que a defesa já recebeu a íntegra da investigação, irá se reunir com o cliente pra discutir com ele, que é advogado, toda a estratégia que será adotada.
"Em especial as medidas urgentes para garantir a Francisco Cezário responder, a eventual processo criminal, em liberdade", disse. Cezário está a frente da Federação desde 1998, quando foi eleito pela primeira vez. Ele chegou a ser prefeito de Rio Negro no período de 2001 a 2004 e "acumulou" os dois cargos, completando 26 anos como presidente da instituição que rege o futebol profissional em Mato Grosso do Sul.