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Esportes
13/11/2015 15:35:00
CBF queria jogo à tarde para evitar pressão de torcida

A Gazeta/LD

Sem disputa dentro de campo por conta da forte chuva que castigou Buenos Aires durante boa parte da última quinta-feira, restou à seleção brasileira uma batalha nos bastidores para definir o novo horário do jogo adiado no estádio Monumental de Nuñez. Enquanto os argentinos brigavam para jogar à noite, representantes da CBF tentaram com que a partida fosse realizada na tarde desta sexta. Nada feito.

O regulamento foi cumprido e o jogo foi confirmado para as 22h (horário de Brasília), já que um intervalo de 24 horas deve ser respeitado entre as duas datas.

Sem atentar para tal regra, o diretor de marketing da confederação, Gilberto Ratto, e o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, tentavam um horário alternativo para que a presença de torcida no estádio do River Plate fosse reduzida e aliviasse uma possível pressão contra o time de Dunga.

Foi justamente este impasse que acabou prorrogando o anúncio oficial do cancelamento. Momentos antes de chegarem ao estádio, por volta das 20h15 (horário de Brasília), CBF e AFA (Associação de Futebol Argentino) já entendiam que a partida deveria ser adiada. Ambas, no entanto, discordavam do horário. Respaldados pelo regulamento da Conmebol, os argentinos levaram a melhor.

Sem entrar em detalhes, Gilmar Rinaldi negou a situação e disse que a CBF queria manter o jogo às 22h desde o início. Dois representantes da Conmebol envolvidos nas conversas, no entanto, confirmaram que os brasileiros cogitaram passar o jogo para a tarde de sexta. Um deles ainda mostrou o regulamento para a cúpula do Brasil e reforçou que tal hipótese não seria considerada.

No fim, diretoria e comissão técnica evitaram qualquer discussão e prontamente fecharam o novo horário.

"Tudo certo, logística já montada também. Fizemos um treino aqui agora [quinta] no estádio para não perdermos o dia. Foi uma movimentação leve, típica de uma véspera de partida. Amanhã [sexta] não teremos nada. É hora de relaxar e concentrar novamente", explicou Gilmar Rinaldi.