Correio do Estado/LD
Com mais de 40 mil km percorridos, o Sport foi o time que mais rodou o país no último Brasileiro. Essa dificuldade é comum a outros clubes e foi agravada neste ano com a redução da malha aérea da Gol, patrocinadora oficial do campeonato. Para evitar o desgaste físico e se manter na briga na competição, a saída tem sido pôr a mão na bolso e fretar avião para suas partidas.
Um dos destaques em 2016, o Santa Cruz recorreu a essa alternativa no último fim de semana.
Em geral, a viagem a Chapecó, interior catarinense, costuma causar dor de cabeça aos cartolas. Com o número menor de voos, esse problema ficou ainda maior.
Para enfrentar a Chapecoense, o time coral demoraria 16 horas em trânsito se resolvesse seguir a logística da CBF.
Ela previa o seguinte trajeto: voo de Recife com escala em Brasília e conexão em São Paulo até o destino final Florianópolis. Na capital catarinense, ainda seria necessário encarar mais 550 km de ônibus até Chapecó.
Com desse cenário assustador, a diretoria do Santa resolveu, então, pegar um voo comercial de Recife até Campinas e seguir, então, viagem em uma aeronave fretada para desembarcar direto em Chapecó. O mesmo roteiro foi repetido na volta para casa. Foram seis horas de deslocamento, cada.
A operação teve como principal objetivo deixar Grafite e companhia descansados após o empate em 1 a 1 com a Chapecoense para o Clássico das Multidões nesta quarta-feira, contra o Sport, no estádio do Arruda, às 21h (de Brasília). A equipe comandada por Milton Mendes ocupa a terceira colocação, com oito pontos.