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Teve tensão do início ao fim, confusão no segundo set, bronca com a arbitragem... Mas, ufa! O Brasil venceu o Canadá e respirou no Mundial masculino de vôlei. Em grande partida de Wallace e Douglas Souza, a seleção segurou o ímpeto do time do técnico Stéphane Antiga e cravou 3 sets a 1, com parciais de 25/22, 19/25, 25/23 e 25/18. A seleção já estava classificada ao entrar em quadra graças à Holanda, mas agora subiu para terceiro e manteve possibilidades matemáticas de terminar a 1ª fase na liderança do Grupo B.
As duas equipes voltam à quadra nesta terça-feira para a definição da classificação final da primeira fase. O Brasil enfrenta a lanterna China às 11h, enquanto a França encara o Canadá às 14h30 (horários de Brasília). O SporTV2 transmite a partida da seleção, com o pré-jogo começando meia hora antes. O GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real.
O Brasil entrou em quadra já classificado para a segunda fase graças à vitória da Holanda sobre o Egito, mais cedo. Mas, ainda na quarta colocação, precisava vencer para seguir com possibilidades matemáticas de assumir a liderança do Grupo B. Para tal, Renan optou por duas mudanças na escalação titular em relação à derrota para a Holanda. Começou com Lipe e Maurício nas vagas de Kadu e Isac, mudanças que havia feito ao longo da partida contra os holandeses.
O Canadá começou apostando em jogadas pelo meio, com Vigrass tendo sucesso tanto nos ataques rápidos quanto no bloqueio sobre Lucão. O Canadá abriu dois de vantagem em saque de Bruninho para fora, mas virada veio em excelente serviço de Wallace. Mais eficiente do Brasil na parcial, cravou 14 a 12 e fez Antiga pedir tempo – foram quatro pontos seguidos do Brasil. O Canadá voltou a igualar em 15 pontos, mas Lipe levou o Brasil à frente na segunda parada técnica.
Foi do ponteiro o lance mais bonito do primeiro set. Fingiu que ia atacar numa bola de segunda, mas levantou em suspensão para ponto de Douglas. O Canadá voltou a liderar em ataque de Perrin, mas Douglas recolocou a seleção na ponta em 22 a 21. Com Lucão muito bem no saque, o Brasil alargou a margem. Até desperdiçou um set point, mas fechou em condução do oposto Vernon: 25/22.
O Brasil começou a segunda parcial abrindo 2 a 0, com Douglas explorando bem o bloqueio adversário. Em saque de Hoag o Canadá chegou à virada. Quando o levantador Blankenau virou uma bola espirrada na rede, houve uma confusão. Lipe se desentendeu com Perrín e colocou a mão no pescoço do adversário. Depois de muita discussão junto à rede, o árbitro deu cartão amarelo para os dois jogadores. Quando a margem chegou a três pontos, Renan parou o jogo.
O jogo seguiu parelho, e Bruninho levou ao empate em 13 pontos com bola de segunda. Mas o bom serviço de Perrin levou o Canadá a dois de vantagem na segunda parada técnica. A margem chegou a quatro (20 a 16) após ace de Blankenau e ataque para fora de Lucão, e Renan pediu tempo mais uma vez. Isac entrou na vaga de Lucão e chegou pontuando, mas Perrin seguiu impossível, explorando o bloqueio com eficiência. Hoag, numa diagonal curta, selou o empate: 25/19.
O Canadá teve a dianteira no início do terceiro set em bloqueio de Vandoorn sobre Wallace, mas dois erros seguidos permitiram que o Brasil chegasse à primeira parada técnica com dois pontos de vantagem. Em ponto de bloqueio de Maurício, o primeiro da seleção no jogo, a margem chegou a três (15 a 12), e Antiga parou o jogo.
O Canadá igualou em 16 pontos em disputa na rede entre Vigrass e Bruninho, mas o Brasil voltou a abrir três pontos em boa sequência de Douglas. Antiga pediu tempo outra vez e arrancou outro empate (19 a 19) em bloqueio de Vernon sobre Douglas. Foi a vez de Renan parar a partida. Wallace deu fôlego ao Brasil, mas erros de saque de ambos os lados mantiveram a margem apertada até Maurício fechar pelo meio: 25/23.
Logo no início do quarto set o Brasil teve motivos para reclamar. Renan pediu desafio, mas a arbitragem analisou o lance errado. Os protestos do técnico brasileiro foram ignorados, e o Canadá abriu 3 a 1. A resposta veio na bola. Pelas mãos de Douglas, que cravou um belíssimo ace, a seleção viu e abriu dois de vantagem. A margem chegou a quatro e, mais leve, a seleção viu o jogo fluir a seu favor. Wallace sobrou com categoria no ataque e também pontuou no bloqueio. O Canadá ainda salvou um match point, mas Wallace fechou a noite de gala: 25/18.