\n \n O trauma acabou. O sonho foi\n realizado. A história está feita: o Corinthians foi campeão da Copa\n Libertadores pela primeira vez, nesta quarta-feira, em pleno Estádio do\n Pacaembu lotado. O sabor inédito da conquista foi degustado pelo time paulista\n pela primeira vez, após a vitória por 2 a 0 contra o Boca Juniors. Os gols de Emerson\n coroaram uma campanha brilhante: com oito vitórias e seis empates, o\n Corinthians foi campeão invicto e se libertou da melhor maneira possível.

\n \n A Libertadores tinha criado uma\n série de traumas na história do Corinthians. O time já tinha sido eliminado\n duas vezes pelo rival Palmeiras, sofrido ameaças de protesto da torcida em\n campo e perdido na primeira fase para o então desconhecido Tolima, por exemplo.\n Mas todo esse trauma foi enterrado com uma campanha incrível, em que\n adversários como Vasco, Santos e Boca foram superados, o que só valorizou ainda\n mais a conquista alvinegra.

\n \n O Boca até repetiu no começo do\n primeiro tempo o que o Corinthians fez na Bombonera: fora de casa, mostrou\n tranquilidade para segurar o ânimo dos adversários nos primeiros minutos. A\n frieza argentina contaminou os corintianos, que até evoluíram na partida, mas\n não conseguiram aproveitar a empolgação da torcida. O Boca ainda viveu um\n drama, já que o goleiro Orión saiu lesionado, foi substituído e chorou no banco\n de reservas. Apesar do substituto Sebastián Sosa ter sido testado, o primeiro\n tempo não esquentou mais.

\n \n A explosão de alegria corintiana\n só veio aos 8min do segundo tempo: após toque de calcanhar de Danilo, Emerson\n ficou sozinho na área e finalizou com perfeição para o gol. O Boca passou a\n errar passes simples e pouco conseguiu assustar o time paulista até que um erro\n fatal aconteceu: Schiavi entregou a bola nos pés de Emerson, que marcou de novo\n e decretou de vez a vitória. Sem sustos e nem sofrimento, o Corinthians vibrou\n pela conquista inédita e fez o Pacaembu pegar fogo como poucas vezes na\n história.

\n \n Primeiro tempo mornonbsp;
\n A partida começou com cara de Libertadores, já que teve discussão com apenas\n 3min de jogo. Após uma disputa entre Mouche e Chicão, os jogadores dos dois\n times reclamaram, com uma briga mais ríspida entre Erviti e Paulinho. Mas\n quando a bola rolou, o Boca repetiu o que o Corinthians fez na Bombonera: não\n sentiu a pressão e conseguiu equilibrar as ações em campo, apesar da trocida\n contra. O clima quente do começo de jogo rapidamente ficou frio no Pacaembu.

\n \n O Corinthians só conseguiu levar\n algum perigo ao gol aos 11min, quando o goleiro Orión ameaçou soltar um chute\n de Alex, mas corrigiu o erro rapidamente. O Boca tentou administrar a posse de\n bola, mas falhou sempre que tentou o último passe. Por isso os corintianos se\n animaram, principalmente quando Emerson conseguiu passar por dois jogadores,\n aos 15min. Caruzzo conseguiu afastar o perigo já dentro da área, mas o Boca\n ainda viveu um drama aos 30min: o goleiro Orión sentiu uma lesão no joelho\n esquerdo, saiu chorando e o uruguaio Sebastián Sosa entrou em seu lugar.

\n \n Em evolução na partida, o\n Corinthians não demorou para testar Sosa. Aos 36min, Emerson avançou pela\n esquerda, ganhou de Schiavi na velocidade e cruzou para a área. O uruguaio não\n foi bem e apenas olhou a bola passar, mas Clemente Rodríguez apareceu para\n salvar o Boca. Já aos 38min, Sosa apareceu melhor, quando agarrou com segurança\n um chute de longe arriscado por Alex. A partida ainda teve cinco minutos de\n acréscimo por causa da lesão de Orión, mas os times não foram capazes de\n aproveitar isso e terminaram um primeiro tempo apenas morno.

\n \n Explosão corintiananbsp;
\n Sem substituições, os times voltaram pelo menos mais soltos no segundo tempo.\n Emerson já arriscou um chute cruzado aos 30s. Mas o Boca respondeu após uma\n falha de Danilo, em\n que Fábio Santos se jogou para cruzar o passe perigo de Sosa.

\n \n A melhor criação de chances\n resultou em gol: após cobrança de falta no meio-campo, Ralf desviou com a\n cabeça e manteve a bola viva na área. Danilo disputou a jogada no alto, mas só\n ganhou quando a bola tocou no chão - com um toque de calcanhar, deixou Emerson\n sozinho, de frente para o gol. O atacante fez o que dele se espera: abriu o\n placar, balançou as redes e fez explodir a alegria da torcida corintiana no\n Pacaembu.

\n \n Erro fatal "incendeia" o\n Pacaembunbsp;
\n O Boca não morreu na partida, mas sentiu o golpe. Tentou controlar o ritmo do\n jogo, administrar a posse de bola, mas era impossível fazer isso com tantos\n erros de passe. Um lançamento só foi acertado em uma bola parada, cobrada por\n Riquelme aos 26min: apesar do cabeceio perigoso, Cássio agarrou com\n tranquilidade.

\n \n Porém, Schiavi não teve a mesma\n tranquilidade na sequência: aos 27min, o zagueiro argentino errou um passe\n simples no meio-campo e entregou a bola nos pés de Emerson. Ele avançou\n rapidamente, ganhou na velocidade e finalizou com tranquilidade no canto\n direito, "incendiando" de vez a torcida no Pacaembu.

\n \n Sem esperanças, nem gols ou\n qualidade, só sobraram reclamações para o Boca. O time protestou contra\n Emerson, que passou a provocar os argentinos. Na bola mesmo quem ainda levava\n perigo era o Corinthians, como em uma falta bem cobrado por Chicão aos 38min.\n Isso bastou para os corintianos comemorarem o fim do trauma e a conquista de um\n título tão desejado. \n \n