Terra/LD
Unidos no impasse contra a Federação Paranaense de Futebol (FPF), Coritiba e Atlético-PR aguardam apenas a publicação da súmula do jogo entre os dois clubes, que acabou não sendo realizado, para decidir quais medidas tomarão. Ambos devem ingressar na Justiça com um mandado de garantia para que a partida seja remarcada.
"Esse é o caminho mais viável. Estamos somente esperando a publicação da súmula no site da federação. Os dois clubes não abrem mão de seus direitos e vão continuar juntos", disse o presidente do Coritiba, Rogério Bacelar, que participou na tarde desta segunda de reunião na sede da CBF.
Coritiba e Atlético jogariam no domingo (19), na Arena Baixada, pelo Campeonato Paranaense. Os times entraram em campo, se perfilaram para um minuto de silêncio, em homenagem póstuma ao especialista em direito esportivo Domingos Moro, mas não chegaram a se enfrentar. A arbitragem argumentou que os profissionais de imprensa contratados por Coritiba e Atlético para a transmissão da partida não estavam credenciados.
Como não assinaram contrato com a TV Globo para a venda dos direitos do Paranaense, os dois clubes decidiram bancar a transmissão do clássico por plataformas sociais - via Facebook e Youtube. Isso contrariou a direção da federação.
"Fomos vítimas de uma arbitrariedade. Havia mais de 20 mil, pessoas no estádio e mais de 170 mil torcedores já conectados nas redes sociais a espera da transmissão. Então, veio essa decisão da federação de impedir isso. Foi um dia triste para o futebol brasileiro", declarou Bacelar. Para ele, uma eventual ação por perdas e danos contra a federação não seria uma prerrogativa dos clubes e sim dos torcedores que se sentiram prejudicados com o cancelamento do jogo.