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Veterano do UFC e um dos destaques do evento de Nashville do próximo sábado, o peso-leve Diego Sanchez revelou nesta semana um incidente recente que o assustou durante os treinamentos para a luta contra Al Iaquinta. O atleta, que já teve problemas com vício em drogas ilícitas, contou que obteve licença para uso de maconha medicinal no Novo México (um de 28 estados dos EUA que permitem o uso terapêutico da substância), mas que o tratamento causou taquicardia durante uma sessão de sparring.
- Fui para o chão e senti algo dentro do meu coração. Não era, tipo, uma lesão muscular. Era algo interno. Eu apenas deitei e pensei, "Parei esta semana". No momento que eu deitei no fundo da academia, eu instantaneamente sabia que era por causa daquela maconha medicinal. O que quer que aconteceu, foi sério. Eu podia sentir que algo estava acontecendo, e eu estava muito, muito aterrorizado que se meu batimento cardíaco acelerasse de novo, eu pudesse morrer - disse Sanchez ao podcast "The MMA Hour".
Apesar da preocupação, o lutador não procurou um médico imediatamente e optou por orar e jejuar, e disse aos colegas de equipe que sumiu da academia porque estava com febre. Eventualmente, temendo que sua carreira fosse terminar, foi a um hospital. Os médicos o tranquilizaram, disseram que seu coração estava saudável e que o que ele sentiu foi, sim, uma lesão muscular. Contudo, apesar de ter voltado a treinar, Sanchez duvidou do diagnóstico e decidiu largar de vez a maconha.
- Meus pulmões estavam sendo afetados, e eu ainda tinha a mentalidade de treinar como um guerreiro, então quando isso aconteceu comigo, aquele dia na academia, eu ainda estava experimentando com a maconha medicinal... Eu fiz isso, eu adorei, consegui meu remédio... Não estou julgando, estou dizendo que maconha medicinal não é para todo mundo, e não é para mim - afirmou o lutador.
WSOF muda de formato e promete salário mensal aos lutadores
Fundada em 2012, a World Series of Fighting (WSOF) vai mudar de nome e formato a partir de 2018. A organização anunciou nesta quarta-feira que passará a se chamar Professional Fighters League (PFL) e vai adotar um formato inspirado nas maiores ligas de esportes coletivos dos EUA, com temporada regular e disputa de playoffs para definir os campeões. Serão sete categorias de peso, incluindo divisões femininas, competindo por um total de US$ 10 milhões (cerca de R$ 31,5 milhões) em prêmios - US$ 1 milhão (R$ 3,15 milhões) para cada campeão, e os US$ 3 milhões (R$ 9,5 milhões) restantes divididos pelo resto do elenco. De acordo com o site "MMA Fighting", que obteve um e-mail enviado aos atletas por Ray Sefo, presidente de operações de luta da nova liga, a companhia prometeu que cada lutador fará um mínimo de três lutas por ano e receberá um salário mensal.
O WSOF foi comprado recentemente por um grupo de empresários de Washington, DC, capital dos EUA. Segundo o jornal "Washington Post", estão entre os investidores da nova liga proprietários dos maiores times esportivos da cidade, como Ted Leonsis, dono do Washington Wizards (NBA), Washington Capitols (NHL) e Washington Mystics (WNBA), e a família Lerner, dona do Washington Nationals (MLB). O WSOF promoveu 37 eventos desde sua fundação, e ainda tem quatro datas marcadas para torneios este ano - 30 de junho, 30 de setembro, 30 de outubro e 4 de novembro. O elenco da companhia conta com 100 lutadores, incluindo cinco campeões: Bekbulat Magomedov (peso-galo), Andre Harrison (peso-pena), Justin Gaethje (peso-leve), Jon Fitch (peso-meio-médio) e Blagoy Ivanov (peso-pesado). Não foi revelado quantos deles serão absorvidos pela nova liga.