Folha Press/LD
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, e outros 26 dirigentes da entidade presenteados pela CBF com relógios de luxo durante a Copa do Mundo no Brasil podem ser obrigados pelo Comitê de Ética da Fifa a devolvê-los. A informação foi publicada pelo jornal inglês "The Telegraph".
De acordo com a publicação, a entidade compreende que a aceitação dos luxuosos presentes indica uma violação de seu código de ética. O investigador do Comitê de Ética da Fifa, Michael Garcia, já proibiu a entrega de qualquer outro relógio de luxo a dirigentes.
Ainda segundo o jornal inglês, o comitê deve anunciar na próxima semana que os executivos da Fifa não podem ficar com os relógios.
Os presentes foram deixados pela CBF nos quartos dos dirigentes da Fifa, no Rio de Janeiro, durante a disputa da Copa do Mundo.
Segundo o "Telegraph", alguns nem ficaram com a sacola contendo o relógio, outros sequer sabiam o que havia no kit deixado em seus quartos, além de um grupo que reportou o conteúdo dos presentes às autoridades assim que descobriu seu conteúdo.
Em comunicado, a Fifa afirmou não haver nenhuma evidência de que Blatter ou qualquer um de seus executivos tenha deliberadamente violado o código de ética que proíbe a aceitação de presentes ou algo que não seja de "valor simbólico ou trivial".
Os relógios são da Parmigiani, empresa que possui parceria com a CBF para o lançamento de modelos licenciados. Um desses modelos, chamado Pershing, é avaliado em R$ 73.400 em sua versão feminina. Já um box com dois relógios, um esportivo e um de bolso, é comercializado por R$ 168.300.