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A diretoria do Corinthians nega que a queda de rendimento da equipe no segundo turno do Campeonato Brasileiro tenha relação com excesso de baladas ou clima de oba-oba entre os jogadores.
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o diretor de futebol do Timão, Flávio Adauto, comentou sobre dois vídeos que viralizaram nas redes sociais nas últimas semanas. Em um deles, o lateral-esquerdo Guilherme Arana aparece em um show de funk, ao lado de um cantor e de alguns amigos. Segundo torcedores, ele estaria alcoolizado. Já em outro, o atacante Jô grava depoimento em que apresenta sinais de embriaguez.
– Dois vídeos correm na internet. Um de Jô que é de 2014 para 2015. O outro é do Arana, no aniversário dele, com um copo de cerveja. Isso virou o mundo. Eles vivem mais aqui (no CT) do que com a família. Se na folga não puder tomar cerveja e ficar com os amigos, estão perdidos. São coisas velhas tudo isso. Não pode relembrar a vida de cada um, acho isso até bobo. É muito ruim – declarou Adauto.
O gerente de futebol do Timão, Alessandro Nunes, também participou da entrevista coletiva e saiu em defesa de outro atleta que tem sido criticado nas redes sociais, o meia Jadson.
Torcedores criticaram a forma física do camisa 10 após ele aparecer sem camisa na derrota para a Ponte Preta, no último domingo. O jogador disse estar com 10% de gordura corporal, mandou um recado para os "antis" em seu Instagram e foi defendido pelo preparador físico Walmir Cruz.
– Acho engraçado alguns pontos a que vocês se apegam: parte física, balada, foto, internet. Vocês bombardearam o Jô quando ele chegou por causa de uma foto. Será que mudou ou os gols deixaram ele melhor? Não posso me apegar a uma foto. O que avaliamos é o trabalho, a dedicação e o profissional. Essa avaliação nós fazemos. Não podemos atribuir o mau momento dele ao físico – declarou Alessandro Nunes.
Ainda sobre Jadson, o gerente de futebol do Corinthians tratou com naturalidade a divergência entre ele Clayson na partida contra a Ponte Preta. O atacante se irritou ao pedir para cobrar uma falta e não ser atendido pelo meia.
– Me chama a atenção quando uma cobrança mais ríspida num treino ou uma discussão numa falta acontece e repercute. Tem de acontecer, isso é futebol. Fui jogador por mais de 15 anos. A cabeça é quente, o jogo traz situações, mas isso não nos impede de seguirmos juntos. Esse grupo é assim – argumentou Alessandro.
Os dois dirigentes mostraram confiança no título brasileiro e protegeram os jogadores. Adauto admitiu que o Timão tem um elenco enxuto, mas lembrou que foi este mesmo grupo que fez uma grande campanha no primeiro turno, ficando invicto.
Líder do Campeonato Brasileiro com cinco pontos de vantagem para o rival Palmeiras, o Corinthians volta a campo no domingo, às 17h, no Dérbi.