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A Conmebol irá declarar a Chapecoense a campeã da CopaSul-Americana 2016. Entretanto, antes que isso ocorra, a entidade ainda não anunciou porque não quer tratar de momentos esportivos num momento de tanta tristeza e porque o Conselho da Conmebol só volta a se reunir no dia 21, e ele seria o responsável por resolver a parte burocrática da decisão. Apesar não Fontes ouvidas pelo GloboEsporte.com na Conmebol, na CBF e na Fifa não acreditam que poderá haver oposição a essa ideia, por isso a tratam como um fato consolidado. O empresário Luiz Taveira, que acompanhou os primeiros momentos logo após o acidente e ajudou os médicos na comunicação com os pacientes, revelou que Victor Marulanda, diretor do Atlético Nacional não admite outra hipótese que não seja o título da equipe brasileira.
- Eu estive depois com o dirigente do Atlético Nacional e até postei na minha página em uma rede social uma coisa que o Victor Marulanda me falou, que se a Conmebol não aceitasse o pedido deles de tornar a Chapecoense campeã da Sul-Americana, eles se tivessem que jogar, entrariam com uma equipe sub-17 ou principal, e fariam tantos gols contra quanto necessário para que a Chapecoense fosse a legítima campeã. E se viessem a Chapecó, fariam a mesma coisa. A atitude lá do Atlético Nacional foi essa - afirmou.
O empresário ajudou como intérprete nos hospitais, no Instituto Médico Legal da Colômbia e na funerária.
- Quando eu apertei a mão do Alan, que não o conheço pessoalmente, quando eu consegui conversar com o Rafael, e ele me passar o número do telefone da casa dele, eu pude ligar para seus familiares e falar que ele estava bem. Esses momentos me marcaram muito. Porque no meio de uma tragédia tão grande, você conseguir passar uma notícia boa ao familiar. Eu não falei com a família do Alan Ruschel. Mas todas as informações que eu prestava, eu dava realmente o estado em que ele se encontrava e era a realidade que ele estava. Então foi uma coisa que comoveu a todos. Cheguei a ir na funerária, porque eles queriam intérpretes, cheguei a ir ao IML também. Então, na realidade, nossa ajuda foi de tentar dar a melhor informação em relação ao acontecido - disse Luiz, que foi à Colômbia para negociar com jogadores do Atlético Nacional, mas que a pedido do presidente do Santos, Modesto Roma, deixou o trabalho de lado para ajudar as vítimas.