\n \n O reencontro do pessoal da F1 nesta quinta-feira (22) em\n Spa-Francorchamps não produziu tanta notícia quanto se esperava – ou, pelo\n menos, não rendeu como as informações e/ou os boatos que alimentaram as férias\n da categoria desde o GP da Hungria. Se dois empresários acabaram movimentando\n as peças pelo lado da Red Bull, um colocando pólvora e outro apagando o fogo, o\n cenário voltou a ficar como nos últimos anos nos bastidores, concentrado na\n vaga de Felipe Massa, tão ameaçado quanto antes. \n \n A categoria deixou Budapeste debatendo a presença de Luís García\n Abad no motorhome da Red Bull em clara conversa com o chefe Christian Horner.\n Dias depois, os dois lados corroboraram que o mote era, sim, uma intenção de\n fichagem de Fernando Alonso para a vaga de Mark Webber, pondo o espanhol como\n concorrente ao lado dos candidatos já conhecidos do grande público, Kimi\n Räikkönen e Daniel Ricciardo. \n \n E com o dirigente dizendo que queria formar a dupla mais forte\n possível do grid, as chances do piloto oriundo da Toro Rosso ali pareciam\n mínimas. Mas logo se iniciaram os primeiros rumores de uma possível volta do\n finlandês à Ferrari, enquanto Alonso levava um pito histórico de Luca di\n Montezemolo. \n \n A ‘Autosprint’ italiana e o ‘Ilta Sanomat’ finlandês usaram em\n suas publicações que Räikkonen “concordou” e “decidiu”, respectivamente,\n retornar ao time que o enxotou depois do fim de 2009 – algo que, por si só,\n parecia estranho, afinal as relações entre a cúpula italiana e o piloto ficaram\n estremecidas. O negócio foi ganhando corpo quando a BBC admitiu que esta mesma\n direção avaliava que Kimi era “o melhor substituto” para Massa. E aí foi às\n alturas quando Steve Robertson, manager da carreira do beberrão piloto, revelou\n que as negociações com a Red Bull haviam se encerrado, dias depois em que o\n alemão ‘Sport Bild’ – jornal que tem comumente acertado as notícias da F1 –\n cravou que a equipe havia optado pelos serviços de Ricciardo. \n \n Ao passo que a situação na Red Bull realmente parece deveras\n inclinada a mudar só de australiano para o ano que vem, uma sequência de três\n notícias de veículos respeitados confrontam entre si e dão ar de mistério sobre\n quem vai ser o companheiro de Alonso. No início desta semana, o bem informado\n Eddie Jordan, comentarista da BBC, falou que a Ferrari pode até fazer o anúncio\n de Räikkönen no GP da Itália. \n \n Hoje, o respeitado ‘The Guardian’ trouxe que a equipe vai avaliar\n Massa até Monza, dando, assim, ao brasileiro duas provas para o tudo ou nada. O\n tempero foi salpicado pelo alemão ‘Die Welt’, que desvelou conversas entre\n Maranello e Nico Hülkenberg, buscando até uma linha plausível iniciada no ano\n passado, à época da contratação do piloto com a Sauber, de que seria o primeiro\n passo para a chegada ao time italiano em 2014. \n \n Massa, 111 pontos atrás de Vettel e 72 menos que Alonso, voltou a\n ter uma temporada inconstante após um início promissor. Como em 2012, chegou às\n férias da F1 ameaçado, porém consciente de onde deve trabalhar mais para se\n sustentar no cargo – a cabeça. No ano passado, a segunda metade foi tão boa que\n lhe garantiu mais este ano. Se as três informações acima fossem colocadas à\n mesa, ainda que se choquem, Felipe só teria este GP da Bélgica para dar a vida,\n fazer a pole, vencer e liderar todas as voltas – só não precisaria fazer chover\n porque as florestas das Ardenas se encarregam disso. Do contrário, as notícias\n vão partir para um lado raramente visto na F1: para onde Massa vai e se haverá\n um brasileiro no grid no ano que vem, enquanto Räikkönen e Hülkenberg se\n digladiam pelo carro sem dono. \n \n A não ser que o esquecido Kamui Kobayashi, contratado da Ferrari,\n faça o movimento do bote mais surpreendente dos últimos tempos e Felipe Nasr\n brote em uma equipe qualquer.\n \n \n \n \n