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As americanas deram trabalho, foram até o tie-break, mas o Brasil mostrou força mais uma vez. Mesmo dividida em duas "seleções", com uma parte do grupo no Grand Prix, e com Jaque poupada após sentir dores nas costas, o time bateu a seleção dos Estados Unidos e fechou a primeira fase dos Jogos Pan-Americanos com 100% de aproveitamento. O triunfo veio por 3 sets a 2, com parciais de 23/25, 25/21, 18/25, 25/22 e 15/11 com grandes atuações de Fê Garay e Adenízia, maiores pontuadoras do Brasil na partida. O resultado coloca a seleção direto nas semifinais, enquanto as americanas terão que encarar Cuba nas quartas de final do Pan de Toronto.
- Foi um jogo difícil não é? 3 a 2. Muito jogado das duas partes. Tivemos ótimo momentos, outros mais difíceis, mas estamos no caminho certo. Vamos trabalhar bem pensando nas semifinais. Está todo mundo querendo uma oportunidade, brigado por isso. O grupo tentou fazer de tudo para suprir a ausência da Jaque, e acho que nos saímos bem - disse Fê Garay.
A seleção de José Roberto Guimarães começou com Mari Paraíba, Fê Garay, Joyce, Adenízia, Macris e Camila Brait de líbero. Bárbara, Rosamaria, Ana Tiemi, Angélica e Michelle também entraram. As americanas iniciaram com Lloyd, Vansant, Adams, Fawcett, Jackson e Hildebrand.
Brasil sai atrás, mas consegue virada
O Brasil começou com Jaque no banco e Mari Paraíba jogando. Mas quem começou na frente foram os Estados Unidos. Na primeira virada, as americanas tinham 8 a 5. As rivais da seleção marcavam bem o ataque do Brasil e forçavam o saque. No bloqueio de Adenízia, o Brasil encostou em 11 a 10 após belo rali. No segundo tempo técnico, as americanas seguiam vencendo, mantendo os três pontos de frente conquistados no início do jogo: 16 a 13. Atacando bem pela ponta direita, Bartsch colocou 19 a 15 para os EUA. No Brasil, Jaque continuava no banco. Chegando ao final do set com quatro erros que terminaram em pontos americanos, a seleção não conseguiu se recuperar e perdeu por 25 a 23 em falha de saque de Joyce.
A seleção começou o segundo set mais ligada, abrindo 3 a 2 com Adenízia e Joyce, além de um erro de saque dos EUA. Mas as americanas não demoraram muito a tomar a ponta. Com Jackson e Fawcett trabalhando bem na rede, elas colocaram 5 a 3. No saque de Bárbara, a recepção americana falhou e o Brasil igualou de novo em 5 a 5. Na bola de meio, Hildebrand anotou outro ponto e as rivais do Brasil foram para o primeiro tempo técnico na frente com 8 a 6. No bloqueio de Mari Paraíba e depois com a própria atacando, a seleção virou para 10 a 8. Na sequência, os dois times trocaram pontos, e no segundo tempo técnico o placar era de 16 a 15 para os EUA. Embalado no fim do set por Fê Garay, a seleção virou e venceu por 25 a 21.
O terceiro set começou com um belo rali vencido pelos EUA. Fê Garay chegou a defender a bola com o pé, mas no ataque seguinte Mari Paraíba acertou apenas a rede. Assim, as americanas abriram 5 a 2. Voltando a forçar o saque e trabalhando as bolas de velocidade com suas pontas, os EUA imprimiram um ritmo forte no set e rapidamente fizeram 10 a 3. Ao reclamar da arbitragem, Fê Garay levou amarelo quando as americanas venciam por 13 a 6. Com Adenízia, o Brasil ensaiou uma reação e trouxe para 15 a 10. Com Bárbara batendo da ponta, a seleção ainda buscava a virada no terceiro set, mesmo perdendo de 19 a 15. Em bloqueio de Adams sobre Adenízia, os EUA venceram o set por 25 a 18.
Sacando bem no começo do quarto set, a seleção liderou no começo por 4 a 1. No bloqueio de Jackson sobre Fê Garay, os EUA empataram em 6 a 6 o set, mas o Brasil logo passou à frente de novo e fechou o primeiro tempo técnico com 8 a 6. No saque de Fê Garay, o Brasil ampliou para 12 a 8. Hildebrand, na ponta, diminuiu para 13 a 11. Contando com os erros do Brasil, as americanas igualaram em 14 a 14. No tempo técnico, as rivais da seleção já haviam virado para 16 a 14. Na reta final do set o equilíbrio marcou o duelo, e o Brasil conseguiu ter frente de 20 a 19. Em mais um bloqueio, agora de Mari Paraíba, a seleção igualou em 2 a 2 ao fazer 25 a 22. Em tie-break equilibrado, o Brasil manteve-se sempre próximo do placar e virou quando precisava para vencer por 15 a 11.