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A Ministra de Esportes da França, Laura Flessel, disse que a equipe francesa dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang 2018 não viajará à Coreia do Sul se não houver garantia de segurança contra os conflitos com a Coreia do Norte. No início desta semana, o presidente sul-coreano Moon Jae-in tentou assegurar ao mundo que as Olimpíadas não serão ameaçadas pelas tensões regionais durante uma reunião com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.
As preocupações aumentaram nas últimas semanas após uma série de lançamentos de mísseis pela Coréia do Norte. Um deles voou sobre a ilha do norte de Japão, Hokkaido, na última sexta-feira, deixando a população apreensiva.
Flessel disse à rádio "RTL" afirmou que se a crise se aprofundar e "a nossa segurança não puder ser garantida, a delegação francesa das Olimpíadas francesas ficará em casa". A ministra deixou claro, no entanto, que nenhuma decisão foi tomada neste momento: "Ainda não chegamos lá".
O Comitê Olímpico e Desportivo Francês (CNOSF) reinterou que o COI está acompanhando a situação na Coréia do Sul de "muito de perto", informando regularmente aos Comitês Olímpicos Nacionais sobre a situação e os conflitos através de um comunicado.
Com a proteção e a segurança aos atletas no topo de suas prioridades, o COI indica que nada no momento leva a crer que as condições de organização dos Jogos Olímpicos de Inverno não cumprem estes imperativos. As operações estão correndo conforme o planejado, como a cerimônia da chama olímpica em Olimpia, no dia 24 de outubro, com membros franceses do COI e o presidente da CNOSF (Denis Masseglia) como convidados, sendo símbolo da atribuição dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos para Paris e para a França - revelou um trecho do documento.
O COI está constantemente em contato com os chefes de Estado mais preocupados com a situação na península coreana. Tomaremos as medidas necessárias para que os Jogos ocorram em condições ideais e que os atletas possam realizar o melhor desempenho - acrescentou o comunicado.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o país irá impor novas sanções à Coreia do Norte em resposta ao desenvolvimento do programa nuclear no país e das demonstrações de lançamentos de mísseis cada vez mais agressivas. Trump ameaçou realizar a "detruição total" da Coreia do Norte caso se Pyongyang force a América e seus aliados a se defenderem de um ataque nuclear.