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Horas depois de comunicar a Eduardo Baptista sua demissão na Academia de Futebol, o presidente do Palmeiras voltou ao centro de treinamento na manhã desta sexta-feira para justificar a decisão em entrevista coletiva. Segundo Maurício Galiotte, o técnico não atingiu as metas traçadas no início da temporada, quando apresentado.
– O Eduardo iniciou em janeiro conosco, nós tínhamos um planejamento. No decorrer dos meses, não atingimos a evolução esperada e necessária. O futebol é dinâmico, e entendemos que precisamos de ajustes para atingir nossas metas. Esse é o principal motivo para a mudança – disse o dirigente, que recentemente chegou a bancar a permanência do treinador até o final do contrato, em dezembro.
– O que foi perguntado naquele momento foi se o Eduardo ia continuar. Eu respondi que ele tinha contrato até o final do ano – argumentou.
Anunciado em 16 de dezembro do ano passado, Eduardo comandou o time em 23 jogos, com 14 vitórias, quatro empates e cinco derrotas – aproveitamento de 66,6%. Na arena, não foi derrotado: oito vitórias e dois empates. Deixa a equipe na liderança do seu grupo na Libertadores, mas eliminado na semifinal do Campeonato Paulista.
– Perdemos para a Ponte Preta. Não foi aquele momento, mas ali nós nos distanciamos daquilo que foi planejado (título paulista). Temos objetivos, e, por isso, trocamos o comando neste momento do ano – afirmou Galiotte.
O favorito para assumir a vaga é Cuca, que deixou o Palmeiras no final da temporada passada por razões particulares depois de ter sido campeão brasileiro. Questionado sobre o assunto, o presidente desconversou.
– Em relação ao nome para substituir, vamos a partir deste momento trabalhar internamente. Não vou comentar hoje sobre o futuro técnico, até porque esse trabalho se inicia daqui a pouco – comentou, reconhecendo, no entanto, que quer um substituto “o mais rápido possível”.
Questionado se Cuca teve problemas de relacionamento com jogadores e com a diretoria do Verdão, Galiotte fez questão de negar qualquer problema:
– Eu não tenho informação de que o Cuca teve problema com a diretoria, com jogadores. O Cuca saiu em dezembro por problemas particulares. Ele me disse isso em novembro, quando era candidato (à presidência). Ele me disse que precisaria de seis meses. Em nenhum momento, ele me disse que tinha problemas com a diretoria. E eu não tive nenhuma informação da diretoria que ele teve problema.
Depois da derrota para o Jorge Wilstermann na última quarta-feira, na Bolívia, o Palmeiras volta a jogar somente no dia 14, quando estreia no Campeonato Brasileiro, diante do Vasco, em casa. Pela Libertadores, o próximo compromisso será somente no dia 24, contra o Atlético Tucumán, também na arena, em duelo válido pela última rodada da fase de grupos.