Com 14\n horas de estudos diários, alunos que irão prestar o Enem (Exame Nacional do\n Ensino Médio) já começaram a se preparar para o exame que acontece nos dias 8 e\n 9 de novembro deste ano. Depois de denuncias sobre a correção das provas, eles\n avaliam que tudo ficará mais complicado e a pressão dos pais vai dificultar\n ainda mais a situação. As inscrições para o Enemnbsp;começaram dia 12 e vão\n até a próxima sexta-feira (23).\n \n Se\n preparando para tentar uma vaga no curso\n de Medicina, Kathelen Cristina Chagas Insaurralde, 18 anos, e Wellyngton\n Matheus Souza Santiago, 19, estudam 14 horas por dia. Além do cursinho, eles\n também estudam em casa.\n \n “Como\n hoje é em nível nacional, isso nos atrapalha, por que a competição é maior.\n Temos que estudar mais, se cobrar mais”, comentanbsp;Wellyngton. Ele explica\n que para ter uma chance de entrar no curso\n é necessário estudar no mínimo oito horas diárias. “Tem gente que estuda três\n vezes mais que a gente”.\n \n Kathelen\n também está no ritmo do exame. A estudante,\n que ficou dois meses no curso de\n Engenharia Química, mas desistiu para tentar Medicina, começou a morar em Campo\n Grande para se dedicar aos estudos. “Desde o começo do ano estamos estudando.\n Temos que se preparar desde agora, porque temos que revisar tudo o mais rápido\n e o melhor possível”, explica.\n \n A\n cobrança maior do Governo coloca mais pressão sobre os estudantes. “Eles querem\n um nível maior dos estudantes, pois muitos que entram estão em um nível baixo.\n Então agora acho que a prova será mais difícil”, desabafa Wellyngton.\n \n Mas não\n são somente os estudantes que pretendem cursar Medicina que estão mais\n preocupados. As alunas do Ensino Médio Rafaela Rodrigues Mencia, 16, Janaina\n Aquino Alves, 18, Nathállya Cavalcante de Souza, 16, estão mais preocupadas em\n conciliar a escola com o\n cursinho, além de administrar a cobrança dos pais.\n \n “Estamos\n muito nervosas. A pressão está grande, principalmente dos pais. Também temos\n que ir bem na escola e nos\n cursos complementares”, reconhece Rafaela.\n \n Elas têm\n rotinas bem semelhantes. De manhã vão para a escola, onde cursam o 3º ano do ensino médio, à tarde,\n elas precisam estar no cursinho, para se prepararem para o Enem, e em casa as\n três procuram revisar as matérias.nbsp;"Estudamos a matéria do dia e\n vemos o que temos mais dificuldade. Ficamos cerca de três horas estudando em\n casa ou até aguentarmos”, relatanbsp;Janaina.\n \n Por outro\n lado, a cobrança maior dos pais se tornou motivação para Nathállya, que\n pretende cursar Engenharia de Produção. “Eles querem que eu faça medicina. Não\n me apoiam. Mas por um lado isso é bom, pois me motiva a passar”, apontou a estudante.\n \n Mas, de\n acordo com Janaina, o medo delas não é aguentar a correria dos estudos. “O pior\n medo é não passar”, constata.\n \n Enem - Segundo o MEC (Ministério da Educação), o valor da inscrição é R$\n 35, mas estão isentos do valor alunos da rede pública e pessoas que tenham\n renda familiar de até 1,5 salário mínimo. O valor tem que ser pago até o dia 28\n de maio.\n \n A nota do\n Enem é usada no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) que em Mato Grosso do Sul é\n usado integralmente por três universidades. A UFMS (Universidade Federal\n de Mato Grosso do Sul), a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e\n UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).\n \n O ProUni\n (Programa Universidade para Todos) também utiliza a nota do Enem e é uma das\n maneiras de entrar em universidades particulares do Estado. Na Capital,\n universidades como a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco),\n Anhanguera-Uniderp, FCG (Faculdade\n Campo Grande) e a Iesf (Instituto de Ensino Superior da Funlec) também utilizam\n a nota do Enem ou o ProUni como método de seleção.\n \n As\n inscrições e mais informações sobre o exame podem ser obtidas no site.