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O Fluminense terminará o Campeonato Brasileiro sem ter muito o que comemorar. O clube chegou a brigar pela vaga na Libertadores, mas os nove jogos sem vencer tiraram as chances do Tricolor de voltar à competição continental. Já se preparando para 2017, o Flu encerra sua participação contra o Internacional, em jogo que pode rebaixar o time gaúcho para a Série B. Em coletiva no CT, o goleiro Júlio César mostrou motivação para a última rodada, sem se preocupar com a situação do Colorado.
- Se depender de nós o Inter será rebaixado, sim. Vamos fazer o nosso máximo. A nossa parte é entrar e vencer o jogo. O clube é gigante e quem veste essa camisa não pode ter outro pensamento que não seja vencer. Já são nove jogos sem vitória e isso é algo que incomoda bastante o grupo e o nosso torcedor. Um clube da grandeza do Fluminense não pode ficar tanto tempo sem vencer. Vamos lutar por cada palmo do gramado - declarou.
A partida entre Fluminense e Internacional está marcada para o domingo, às 17h (de Brasília), em Edson Passos. Classificado para a Copa Sul-Americana, o Tricolor não tem aspirações na competição em que é o 11º colocado, com 49 pontos. Na zona de rebaixamento, com 42 pontos, o Inter precisa da vitória e de uma combinação de resultados para sair da 17ª posição e se livrar da degola.
Confira a íntegra da coletiva de Júlio César:
Treino fechado
O Marcão fez um treino tático visando o jogo. Se não foi aberto é porque é segredo (risos), então, não podemos adiantar nada. Estamos nos preparando.
Convocação de dupla para a Seleção sub-20
Nós ficamos felizes. Os meninos tem um potencial enorme, tanto o Richarlison como o Douglas. O Pedro também está numa lista de pré-convocação, não sei bem explicar. A gente fica feliz por eles. É o trabalho deles sendo reconhecido, são dois jovens que tem muito valor, muita qualidade e esperamos que eles ajudem a Seleção no Sul-Americano.
Ano de 2017
Fiquei até setembro sem jogar nenhuma partida oficial. Para um goleiro é sempre complicado. Mas nós sabemos disso e temos que estar sempre preparados. Nossa profissão é assim. Trabalhei forte, isso que pesou, no meu ponto de vista. Quando a oportunidade surgiu, infelizmente por uma lesão do Diego (Cavalieri), porque não desejamos que nossos companheiros companheiros se machuquem, eu tive uma chance e fui bem. Foi um ano positivo. Gostaria que tivesse sido melhor, estar aqui falando pelo menos com uma vaga na Libertadores, é uma coisa que a gente espera pela grandeza do clube. O Fluminense tem sempre que estar brigando pelas primeiras posições. É um clube gigante. Se não estiver enganado foram 16 ou 17 jogos, tive uma sequência e agora é fazer o possível para fechar bem o ano.
Desconfiança e reviravolta
A situação no Botafogo envolveu muito minha juventude. A maturidade dos sete anos que passei na Europa fez muita diferença. Na posição de goleiro, a experiência faz toda a diferença. Então, acredito que esses jogos me ajudaram muito, Glória a Deus que estou terminando o ano com uma imagem muito boa. Gostaria de ter terminado melhor o ano coletivamente, infelizmente não conseguimos chegar à Libertadores, mas individualmente fico feliz por terminar de uma maneira que a torcida veja que pode confiar em mim. Vou continuar trabalhando forte. Quero, posso e vou melhorar ainda mais. Pensando em 2017, espero fazer outro grande ano, ainda melhor.
Situações de goleiros no Flu e no Bota
É verdade, tem essa similaridade. Até somo o nome do Muralha, do Flamengo aos nossos dois. O Paulo Victor começou como titular, teve uma sequência e hoje o Muralha termina como um dos três goleiros da seleção brasileira. Isso demonstra o bom trabalho dos preparadores, principalmente, que precisa ser valorizado. Pensando já para a próxima temporada, acredito que o trabalho dentro de campo é o mais importante e a decisão será do treinador. Querer jogar todos querem, sempre. Aí cabe ao professor Abel Braga, que tem uma competência enorme, decidir. Será uma dor de cabeça positiva, com certeza.