Lance/AB
Esqueça favoritismo. Esqueça torcida brasileira para o Atlético Nacional. Nesta quarta-feira, o jogo entre o anfitrião Kashima Antlers e o time colombiano, no Yokohama Stadium, pelas semifinais do Mundial de Clubes, foi histórico. E por dois motivos: a surpreendente goleada dos japoneses, por 3 a 0, e uso inédito do recurso de vídeo para decidir lance crucial - pênalti, concretizado por Doi. Endo e Suzuki completaram o placar.
Com a vitória, o Kashima agora aguarda o vencedor do confronto entre Jeonbuk Motors e Real Madrid, a ser realizado nesta quinta-feira, no mesmo palco desta quarta, para saber seu adversário na final.
O JOGO
Grande favorito no confronto, o Atlético adotou a postura que o levou ao título da Libertadores: posse de bola e agressividade nas jogadas pelas pontas. Ao todo, o time colombiano finalizou 16 vezes na primeira etapa.
O grande número de tentativas, contudo, se deu pelo fato de ter saído atrás do marcador. E o lance foi histórico, uma vez que os donos da casa contaram, de forma inédita, com o recurso do vídeo eletrônico para terem um pênalti assinalado. A cobrança foi batida por Doi: 1 a 0.
Na segunda etapa, os Verdolagas decepcionaram seus antigos e novos torcedores - nascidos com a exemplar postura pós-tragédia envolvendo a Chapecoense, que seria sua adversária na final da Copa Sul-Americana.
Em suma, sobrou nervosismo e faltou eficiência na criação das jogadas para a equipe do técnico Reinaldo Rueda, que ainda tentou mudar o panorama com a entrada de Guerra, pretendido por clubes brasileiros.
Boa arma do Kashima nos primeiros 45 minutos, o contra-ataque não funcionou na etapa complementar, apesar da entrada do astro e artilheiro do time: Mu Kanazaki. E nem precisou. Os gols que sacramentaram o triunfo vieram após jogadas bem trabalhadas.
Depois de um cruzamento, Endo esbanjou recurso técnico ao empurrar a bola de calcanhar para a rede. No fim, Suzuki transformou o resultado em goleada, ao fazer o terceiro tento, contando com o preciso cruzamento de Mu: 3 a 0 e muita festa para os heroicos mandantes.