VERSÃO DE IMPRESSÃO
Esportes
31/01/2013 09:00:00
Luiz Razia acerta com a Marussia0 "no último minuto" e estreia na Fórmula 1
Felipe Massa, da Ferrari, não será o único brasileiro na Fórmula 1 em 2013. Após meses de apreensão e negociações, Luiz Razia garantiu seu lugar no grid.

GloboEsporte/LD

\n \n Felipe\n Massa, da Ferrari, não será o único brasileiro na Fórmula 1 em 2013. Após meses\n de apreensão e negociações, Luiz\n Razia garantiu seu lugar no grid. O baiano de 23 anos acertou com a Marussia\n e fará sua estreia na elite do automobilismo mundial neste ano. Vice-campeão da\n GP2, ele será companheiro do britânico, também estreante, Max Chilton. Razia\n mantinha conversas com a Marussia desde o ano passado e havia ficado surpreso\n com o anúncio de Chilton, acreditando que não teria mais chances. Porém, com a rescisão\n do contrato de Timo Glock no início de janeiro, o brasileiro voltou a apostar\n suas fichas no acerto com o time, que é baseado na Inglaterra e comandado por\n uma montadora russa. O anúncio oficial deverá ser feito no dia 5 de fevereiro,\n durante apresentação do novo carro, no circuito de Jerez de la Frontera\n (Espanha). A estreia de Razia está marcada para dia 17 de março, no GP da\n Austrália, que abre a temporada. Ainda restam vagas na Force India e na\n Caterham e o brasileiro Bruno Senna está na briga.\n \n -\n Foi um processo um pouco longo e muito angustiante. Até esse último momento a\n gente estava sem nada, praticamente. E a gente conseguiu fechar no “último\n minuto”. O importante é que consegui algo que trabalhava há 11 anos na minha\n carreira, desde o kart até agora. E realmente é a conquista de um sonho para mim.\n Vale mais do que qualquer outra coisa – celebrou o piloto, que será o 30º\n brasileiro na F-1, o primeiro oriundo da Região Nordeste do país.\n \n Das\n corridas de gaiola aos 12 anos na cidade de Barreiras (Bahia), onde nasceu em\n abril de 1989, até a F-1, foi um longo caminho. Sua carreira em monopostos\n começou em 2005, na F-Renault 2.0 Brasil e na Fórmula 3 Sulamericana, categoria\n pela qual sagrou-se campeão no ano seguinte. Em 2007, o baiano fez boa\n temporada na Euro 3000, além de algumas participações na World Series. Sua\n história na GP2 começou em 2008, com a entrada na divisão asiática da categoria.\n Nos três anos seguintes, fez temporadas discretas por equipes médias.\n Paralelamente, alimentava o sonho da F-1 ao ao participar de testes de jovens\n pilotos na VRT (atual Marussia) em 2010 e na Team Lotus (hoje Caterham) em\n 2011.\n \n Depois\n de quase ser obrigado a deixar o automobilismo, teve a grande oportunidade da\n carreira em 2012. Ele entrou na Arden, de Christian Horner, chefe da RBR,\n bicampeã mundial de pilotos e construtores na F-1. Razia agarrou a chance com\n unhas e dentes. Fez uma temporada brilhante, com quatro vitórias, e por pouco\n não faturou o título, que ficou com o italiano Davide Valsecchi. E 2012, o\n baiano também participou dos testes para novatos pela Force India e STR. Ciente\n que em tempos de crise econômica mundial, as equipes de F-1 também buscam um\n suporte financeiro, ele reuniu patrocinadores e conseguiu, enfim, realizar seu\n grande sonho. Porém, ele lamenta que, para alcançar seu objetivo, não contou\n com o apoio de investidores nacionais.\n \n -\n Sempre busquei representar meu país lá fora e levantar a bandeira do Brasil.\n Mas temos apenas investidores europeus nesse projeto e estamos ainda atrás de\n uma empresa brasileira para representar. E estamos encontrando muita\n resistência das empresas o que é frustrante, não acho legal. Nós, pilotos,\n somos muito cobrados por resultados, mas nunca tive apoio de nenhuma empresa\n brasileira até aqui. Entramos na F-1 por muito esforço meu, da minha família e\n do apoio desses parceiros.\n \n A\n busca por um lugar ao sol não foi fácil. Razia manteve conversas com diversas\n equipes do grid, como STR, Force India, Caterham e Marussia. A princípio, o\n baiano lutava por um cockpit em uma equipe do pelotão intermediário. Como a\n filial da RBR manteve a dupla Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne e a concorrência\n na Force India era grande, o baiano então apostou suas fichas nos times\n menores. O objetivo maior era estar no grid da F-1 para, aí sim, começar a\n construir uma história na categoria máxima do esporte a motor.\n \n \n \n \n