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No dia 3 de junho, no Rio de Janeiro, Marlon Moraes vai realizar o sonho de entrar no octógono pela primeira vez como lutador do UFC. Com uma longa estrada e história reconhecida no MMA, onde tem um cartel de 18 vitórias, quatro derrotas e um empate, o campeão peso-galo do WSOF enfrentará Raphael Assunção em sua estreia no Ultimate, defendendo uma invencibilidade de 13 lutas e mais de cinco anos sem saber o que é perder.
Com cinco defesas de cinturão no WSOF, Marlon Moraes chegará ao UFC para enfrentar um adversário que está no topo da categoria que tem Cody Garbrandt como campeão. Raphael Assunção é o número 3 da divisão. Caminho mais curto para o cinturão? Não na sua opinião.
- Acho que não (torna o caminho mais rápido). E o Raphael é um cara duríssimo, que vem de muitas lutas boas, inclusive vitória, e perdeu só contra o TJ (Dillashaw) nas últimas. Quero estar preparado, respeito muito o Raphael, é um cara gente fina. Sou fã do Raphael e de todos os top 10, sou fã de luta, e quero chegar lá e ser parte do UFC para mostrar para todo mundo que estou chegando para ser campeão - explicou o lutador, em contato por telefone com o Combate.com, direto de New Jersey, onde treina.
Desde que ficou livre para negociar com outro evento, Marlon estava ansioso para fechar com a maior organização de MMA do mundo.
- Estava muito ansioso, e a gente quer logo resolver tudo. A gente que luta quer treinar e lutar, quer ter uma luta na cabeça, mas acho que veio na hora certa. Agora é focar na preparação, treinar muito, que será uma luta muito dura.
As definições da data de estreia e o adversário pesaram na demora para Marlon fechar o contrato com o Ultimate. O lutador lembrou que não tem sido fácil ser escaldo nos eventos.
- Acho que foi um pouco isso, acertar uma luta de estreia, e estrear numa data boa, e o encaixe no evento. O UFC tem muitos atletas. Deu tudo certo e veio tudo junto.
Por falar no seu adversário, não estava nos planos enfrentar um brasileiro, no Brasil, logo na sua primeira luta no Ultimate. E, mesmo tendo nascido em Nova Friburgo, na Região Serrana do estado, enquanto o adversário é pernambucano, Marlon não quer saber de torcida a favor ou contra.
- Se pudesse escolher, preferia outro atleta, não ele. Principalmente por ser brasileiro, mas a gente não escolhe luta. Independente da torcida, lá dentro vai ser eu e ele, quem vai influenciar seremos nós dois (...). A realidade é que foi uma opção do UFC, foi a luta oferecida, não foi nossa primeira opção. Mas são eles que decidem com quem a gente vai lutar. Quem quer ser campeão tem que enfrentar qualquer um. Vai ser uma guerra. São dois grandes atletas, completos, quem errar menos vai sair com a vitória. Estou indo para três rounds duríssimos, os mais duros da minha vida. Essa é minha cabeça nos meus treinamentos.
A última luta de Marlon foi em dezembro, pelo WSOF, quando nocauteou o brasileiro Naldo Silva ainda no primeiro round. Ele estreou no evento americano logo em sua primeira edição, em novembro de 2012, quando venceu Miguel Torres, e deixou a organização invicto, com 11 vitórias.
UFC 212 3 de junho, no Rio de Janeiro CARD DO EVENTO (até o momento): Peso-pena: José Aldo x Max Holloway Peso-palha: Cláudia Gadelha x Karolina Kowalkiewicz Peso-médio: Anderson Silva x adversário a definir Peso-meio-médio: Erick Silva x Yancy Medeiros Peso-leve: Léo Santos x Olivier Aubin-Mercier Peso-galo: Johnny Eduardo x Mathew Lopez Peso-galo: Marco Beltrán x Deiveson Alcântara Peso-médio: Antônio Cara de Sapato x Eric Spicely Peso-médio: Paulo Borrachinha x Oluwale Bamgbose Peso-galo: Raphael Assunção x Marlon Moraes Peso-palha: Viviane Sucuri x Jamie Moyle