Correio do Estado/LD
Após o término da oitava rodada do Brasileiro Série D, os dois jogos sem marcar gol contra o Crac deixaram o Operário com o terceiro pior ataque da quarta divisão.
Os únicos gols marcados pelo Galo nesta Série D saíram dos pés do lateral Bruno Dip, no dia 21 de maio, em Campo Grande, no empate de 1 a 1 contra a Patrocinense, do volante Fernandinho, no empate fora de casa, de 1 a 1, contra o Cascavel (PR), e do atacante Johnny, na vitória de 1 a 0, no dia 7 de junho, jogando no Estádio Jacques da Luz, contra o Inter de Limeira (SP).
Nesse ranking estatístico negativo, o Real Ariquemes (RO) aparece com o pior saldo, com apenas um gol feito em oito rodadas; em segundo está o Trem do Amapá, com dois gols marcados; e em 3º lugar o Operário, o Interporto (TO) e o Novo Hamburgo (RS), que balançaram a rede apenas três vezes.
Em entrevista ao Correio do Estado, o treinador do Operário, Celso Rodrigues, comentou sobre a seca de gols e de vitórias que o Galo vem enfrentando na campanha da Série D.
“A gente tem que entender a dificuldade que é essa competição, a gente sabe do dia a dia nosso de trabalho, conversando com os atletas, para terem o psicológico e a concentração sempre elevados. É dar moral para os atletas, aumentando a autoestima e a confiança, para assim saírem os resultados”, declarou Rodrigues.
Em busca de sair da sequência negativa de derrotas, o Operário vai a campo neste sábado, contra o Inter de Limeira, neste segundo turno de campeonato. A partida será realizada no Estádio Major Levy Sobrinho, em Limeira (SP), às 15h (de MS).
O próximo adversário do Galo está na sexta colocação do grupo e vem de derrota na última rodada, quando enfrentou fora de casa o Maringá (PR) e perdeu por 1 a 0.
EM CRISE
O representante do Estado na competição perdeu nesta quarta-feira para o Clube Recreativo e Atlético Catalano (Crac) por 2 a 0, em jogo marcado pela forte neblina no Estádio Jacques da Luz, em Campo Grande.
O Galo já vinha de outra derrota, contra o clube goiano, quando o Crac aplicou uma goleada no time campo-grandense de 4 a 0, no sábado, em Catalão (GO).
Ambos os resultados estagnaram o Operário na sétima colocação do grupo 7, com apenas sete pontos conquistados.
Mesmo com as derrotas, a equipe da Capital ainda está a três pontos do quarto colocado do grupo, o XV de Piracicaba, que está com 10 pontos e abre a zona de classificação para a próxima fase.
Com o fim da 8ª rodada, o Crac tornou-se o líder do grupo 7, com 14 pontos, seguido da Patrocinense, com a mesma pontuação, e da Ferroviária (SP), que está em terceiro com 11.
O JOGO
No primeiro tempo de partida entre Operário e Crac, no Estádio Jacques da Luz, o Galo teve oportunidades de abrir o placar.
Logo no início do jogo, Kaique entrou pela direita e obrigou o goleiro a fazer a primeira grande defesa. Depois, foi a vez do meia Juninho bater uma falta e a bota bater no travessão.
O placar chegou a ser aberto por Johnny ainda no primeiro tempo, mas a arbitragem anulou o lance do Galo pois o bandeira marcou impedimento do atacante.
Os goianos do Crac tiveram algumas chances de gol, mas esbarraram nas defesas do goleiro Samuel.
Assim como foi no 1º jogo entre as equipes, os gols da equipe goiana aconteceram na segunda etapa. Aos 37 minutos, o atacante Janderson, do Crac, recebeu a bola próximo à área, abriu espaço com um drible no lateral Marlon e bateu colocando no ângulo esquerdo do goleiro Samuel, marcando o primeiro gol da partida.
O Galo partiu para o ataque em busca do empate e, aos 45 minutos, em jogada de contra-ataque, Janderson lançou Renato, que partiu livre do meio de campo sem ser alcançado pelo Hugo, lateral operariano, Renato driblou o goleiro e empurrou a bola para a rede, fechando o placar com vitória goiana.
Durante coletiva de imprensa, ao fim da partida em Campo Grande, contra o Crac, Rodrigues falou que, apesar do resultado, o Operário conseguiu apresentar um bom jogo nos 90 minutos.
“De modo geral, em termos de jogo, a equipe jogou muito. Lógico que é pouco, a gente quer o resultado, e não só a performance, mas é uma pena que o resultado não foi o que queríamos”.
Para Juninho, o meio-campo da equipe alvinegra, está faltando o último passe no ataque para a equipe conseguir sair com a vitória.
“A gente vem se cobrando bastante quanto a isso, a gente tem volume de jogo, tem criado, mas falta o último passe para a gente decidir os jogos, a gente vai caprichar nisso durante a semana para melhorar neste quesito para o próximo jogo”, disse o jogador do Operário.