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O meia argentino Walter Montillo não é mais jogador do Botafogo. Em reunião nesta quarta-feira com o presidente Carlos Eduardo Pereira e outros membros da diretoria, ele pediu a rescisão. A diretoria aceitou. No total, a passagem de Montillo pelo Alvinegro durou cerca de seis meses.
A saída dele vem em meio a mais uma lesão, a quinta do argentino nesta temporada. Contra o Avaí, na última segunda-feira, ele foi substituído aos sete minutos do primeiro tempo com dores na panturrilha direita. Ele já vinha se recuperando há dois meses de um problema na coxa direita e, antes de segunda-feira, sua última partida como titular fora no dia 2 de abril, contra o Resende.
O presidente do clube, a princípio, se opôs à saída. Foi, no entanto, convencido pelo gerente de futebol Antônio Lopes e pelo vice de futebol Cacá Azeredo.
A situação deixou o jogador frustrado, pois uma sequência de lesões como essa nunca acontecera em sua carreira. Além disso, ele relatou ofensas sofridas por ele e sua família em redes sociais. Há alguns meses, ele até ofereceu devolver os salários referentes ao período que passou se recuperando, algo que a diretoria recusou.
Montillo recebe o maior salário do Botafogo, e sua saída representará uma economia importante para o clube.
Os termos exatos da saída ainda não estão claros: não se sabe se ele receberá alguma quantia pela rescisão.
Apresentação de Montillo em General Severiano, em janeiro deste ano Apresentação de Montillo em General Severiano, em janeiro deste ano Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo
O jogador foi contratado no início da temporada com grande festa e recebeu a camisa 7, a mais importante do clube, das mãos do ídolo Maurício, herói de 1989. A temporada, entretanto, decepcionou.
Ele participou apenas de 18 jogos em 2017, menos da metade dos 37 disputados pela equipe. Ele ficou 950 minutos em campo fez apenas um gol, em janeiro, em amistoso contra o Rio Branco-ES.
Desde o início da temporada, havia dúvidas se ele poderia atuar em harmonia com Camilo, o meia que já estava no clube. No fim das contas, ambos atuaram pouco tempo juntos, pois alternaram períodos de lesão. Camilo chegou a reclamar com o técnico Jair Ventura por precisar atuar em posição diferente da sua enquanto estava em campo com o argentino.