Desde que assumiu em 2007 o comando do Operário, time mais \n tradicional do futebol sul-mato-grossense, Antônio Vieira não fala a \n mesma língua da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul).\n \n No mês passado, o dirigente propôs no MPE (Ministério Público \n Estadual) denúncia contra o TJD-MS (Tribunal de Justiça Desportiva de \n Mato Grosso do Sul) por supostas irregularidades na composição do órgão.\n \n O Ministério acatou o pedido e abriu um Inquérito Civil, publicado na\n edição da última sexta-feira (13) do Diário Oficial do MP. O promotor \n de justiça Fabrício Proença de Azambuja está à frente do caso.\n \n Segundo Vieira, várias denúncias de irregularidades no futebol de MS \n já foram feitas pelo Operário, porém, todas arquivadas pelo Tribunal.\n \n A denúncia apresentada pelo cartola pede a “paralisação e \n reestruturação” do TJD, além do afastamento de dirigentes do órgão e da \n Federação. A peça mostra ainda supostas irregularidades e membros que \n acumulam funções em outras entidades esportivas e não atendem os \n requisitos do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva).\n \n Auditor do TJD, Marcos Borges Ortega é ainda presidente da Federação \n de Bicicross e secretário e tesoureiro da Federação de Biribol.\n \n Marco Antônio Tavares, vice-presidente da Federação de Futebol, é \n ainda diretor esportivo da Federação de Biribol, membro do conselho \n fiscal da Federação de Bicicross e responde pela Federação de Tênis de \n Mesa.\n \n “A Federação de Tênis de mesa, fundada em 2000, só tem uma \n ata. Não houve reeleição. E o pior é que todo ano fecha convênio com a \n Fundesporte [Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul]. Não tem endereço e usa o da Federação de Futebol”, acusa Vieira.\n \n A denúncia cita ainda os nomes de Neide Fátima Nogueira Abdalla \n Tavares, tesoureira da Federação de Bicicross e membro do conselho \n fiscal da Federação de Biribol, e Polyana Abdalla Tavares, filha de \n Neide e Marco Antônio, que, além de auditora do TJD, é membro do \n conselho fiscal da Federação de Biribol.\n \n Outro ladonbsp; - O vice-presidente da FFMS, Marco Antônio Tavares, nega que seja auditor do TJD e, em nota publicada no site\n da Federação, garante que ingressará com representação solicitando o \n afastamento temporário do presidente do Operário “pelas falsas acusações\n que o mesmo vem fazendo ao longo do período desde que o Operário foi \n rebaixado para a Série B do Estadual”.\n \n “O presidente do Operário tem se utilizado do Ministério Público, que\n não é Poder da Justiça Comum, para se livrar da desfiliação (prevista \n em Lei se o fizer) e eu nunca fui membro do TJD até por conta que seria \n ilegal. Ele esquece que calunia e injúria são crimes”, diz trecho do \n texto.\n \n \n