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Mato Grosso do Sul está entre o s Estados que mais cuidado e atenção dispensam à prática desportiva nas escolas da rede pública. É o que revela auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no extinto Ministério do Esporte para avaliar a política nacional de desporto educacional entre 2015 e 2017.
Relatório a que o MS em Brasília teve acesso mostra que Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Paraná tiveram os maiores indicadores em relação ao número de escolas públicas que oferecem prática desportiva dentro de suas instalações.
De acordo com os dados, 64,5% das escolas têm quadras esportivas, contra 31,8% de média nacional. Ao mesmo tempo, no Maranhão, esse índice foi de apenas 7,3%.
O Estado também se destacou em relação às escolas que dispõem de professores de Educação Física. “Enquanto Mato Grosso do Sul apresenta o maior percentual, 81,7%, seguido por Santa Catarina e São Paulo, Maranhão tem 9,2% de escolas com esses profissionais, seguido por Bahia e Acre”, aponta o relatório.
O percentual alcançado por Mato Grosso do Sul, de 81,7% de escolas com professor de Educação Física, é quase o dobro da média nacional, de 41,6%, segundo o documento do tribunal.
O ministro Vital do Rêgo, relator do processo no TCU, lamenta o fato de a maior parte das escolas públicas não adotar estratégia voltada à prática de esportes.
Argumenta que essas falhas acentuam as desigualdades estruturais do país, o que impõe limitações à cobertura dessa política, inviabiliza o princípio da inclusão e da universalização do acesso à prática de esportes.
Vital do Rêgo diz que a Constituição de 1988 consagrou que os recursos públicos para o desporto devem ser investidos prioritariamente no educacional. Mas afirma que o país está longe de atingir investimento mínimo no setor.
TCU elogia
Em seu parecer, aprovado por unanimidade pelo plenário do tribunal na sessão de quarta-feira (28/8), o ministro Vital do Rêgo elogiou o Plano Estadual de Esporte e Lazer de Mato Grosso do Sul para o triênio 2016/2019.
Destacou trechos do documento, segundo o qual “o Poder Público deve apoiar o esporte educacional, com oferta da disciplina Educação Física em todas as escolas e em todas as séries, ministradas por professores de educação Física”.
O plano estadual também vê a necessidade de se oferecer atividades esportivas no contraturno ou nas escolas de tempo integral, “de forma a possibilitar às crianças vivenciar possibilidades e compreender a importância da prática de exercícios físicos ou esportivos ao longo de suas vidas”.