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Os torcedores do Flamengo ainda não sabem se vão poder assistir ao clube jogar no Maracanã em 2017. Em Assunção para o sorteio dos confrontos da Taça Libertadores, o presidente Eduardo Bandeira de Mello afirmou que o Rubro-Negro não vai atuar no principal estádio do Rio de Janeiro se ele "for entregue a atravessadores".
- Pretendemos (mandar os jogos) desde que o resultado dessa transição regulatória que o Maracanã está passando seja positiva para todos nós. Tanto para o Flamengo, para o seu torcedor, quanto para o contribuinte. Se a solução for favorável, se o grupo ao qual o Flamengo está de certa forma vinculado contratualmente for o vencedor desse processo, vamos sim disputar os nossos jogos, tanto da Libertadores como de todas outras competições. Mas se o Maracanã for entregue a atravessadores, que queiram obrigar o Flamengo a jogar para poderem se beneficiar de algum contrato lesivo aos nossos interesses, já avisamos que não vamos jogar no Maracanã e vamos buscar outras soluções - afirmou Bandeira, em entrevista ao SporTV.
O desejo do Flamengo é que o estádio seja administrado pelo grupo inglês CSM, que entregou em novembro uma proposta do governo do estado do Rio de Janeiro para gerir o local. A empresa também tem um acordo com o Fluminense, para o que o Tricolor mande suas partidas no Maracanã.
Na terça-feira, a diretoria do Flamengo divulgou nota oficial em que se opõe a que a LU Arenas (que reúne a companhia francesa Lagardère e a brasileira BWA) passe a ser a gestora do estádio. O grupo tem um acordo com a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio).
Diante da indefinição sobre a utilização do Maracanã, após o consórcio liderado pela Odebrecht ter desistido de seguir administrando o local, o Flamengo estuda projetos de montagem de arquibancadas para o estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador. O estádio da Portuguesa foi utilizado pelo Botafogo durante o Campeonato Brasileiro.