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Presidente eleito, José Carlos Peres quer estipular um "teto salarial de verdade" no Santos. O valor não foi revelado pelo dirigente, mas ele prometeu cumpri-lo à risca durante a sua gestão, de 2018 a 2020.
O teto salarial não é novidade nem no futebol brasileiro nem no Santos, mas dificilmente é respeitado. O presidente Modesto Roma, por exemplo, dizia que o limite era de R$ 300 mil por mês, porém, ofereceu R$ 600 mil de salário para Lucas Lima antes de o meia acertar com o Palmeiras.
– Vamos trabalhar como na Europa, com teto salarial estabelecido. Esse limite é para quem está acima dos outros, tecnicamente e midiaticamente também. Vai ser um teto salarial de verdade, que não vamos estourar. Não vou sacrificar o Santos por ninguém – disse o presidente José Carlos Peres, em entrevista ao GloboEsporte.com.
Outra ideia de Peres é criar um plano de carreira para o elenco. Jogadores receberiam salários de acordo com o desempenho e o que representam para o clube. Quem evoluir ganhará aumento.
– Os melhores ganharão o teto. Depois teremos outros níveis, desde quem veio da base. Jogador vem, evolui, depois evolui de novo e pode chegar no topo. Um plano de carreira é assim. Os atletas precisam saber que ganham X e que podem chegar a outro X, jogando bem, conquistando a confiança da torcida, demonstrando vontade e apreço pela camisa. O objetivo é perdido quando ganham muito logo de cara – explica o presidente.
José Carlos Peres foi eleito no último sábado e participa agora da transição na diretoria. Modesto Roma aceitou abrir as portas do clube para acelerar o planejamento de 2018. A posse simbólica será nesta segunda-feira, na Vila Belmiro, mas, de forma oficial, o novo presidente assumirá o cargo no dia 2 de janeiro.