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A parte, teoricamente, mais difícil, está praticamente concluída: Alan Ruschel já foi totalmente liberado pelo departamento médico e intensificará na próxima semana a participação em atividades coletivas para ficar à disposição de Vagner Mancini. A volta aos gramados, porém, não depende mais somente de suas condições físicas. O lateral, de contrato renovado com o Internacional desde o fim do ano passado, ainda não tem novo vínculo de empréstimo com a Chapecoense registrado na CBF e aguarda também a regularização de sua situação no INSS, por conta do acidente de 29 de novembro.
Praticamente seis meses após a queda do avião em Medellín, Alan Ruschel está muito próximo de atingir as condições físicas necessárias para voltar a atuar profissionalmente. De volta ao convívio com os companheiros no CT da Água Amarela há mais de dois meses, o sobrevivente não tem mais restrições de impacto, como em um primeiro momento, devido a lesões nas costas, e já participa até mesmo de coletivos sob a orientação de Mancini. A sequência de viagens recentes da Chape, entretanto, atrasou a recuperação plena.
Com o maior período para treinamentos em Chapecó na próxima semana, a previsão é de que Alan Ruschel seja colocado à prova mais vezes nesse tipo de simulação de jogo, concluindo a última etapa do processo de condicionamento físico. O lateral estará apto a ser relacionado a partir de junho, e previsões otimistas apontam o duelo com o Grêmio, dia 7, na Arena Condá, como o do retorno - obviamente, de acordo com as avaliações de Vagner Mancini. Tudo isso, caso o jogador esteja regularizado - o que é improvável.
O contrato de Ruschel com a Chape vence neste mês de maio e a renovação até dezembro ainda não foi oficializada. O clube catarinense está em processo de troca de minutas com o Internacional, com quem o lateral tem vínculo até dezembro de 2018. Paralelamente a isso, tanto ele quanto Neto ainda têm pendências em suas situações com o INSS, devido aos direitos adquiridos após o acidente com o avião da LaMia. Informações dão conta de que este processo está em fase final.
O jogador não esconde de pessoas próximas o desconforto com o imbróglio, que não tem prazo determinado para ser resolvido, mas prefere colocar suas atenções na reta final de trabalho para atingir o condicionamento físico do restante do elenco. Aos 27 anos, o lateral chegou à Chapecoense em maio de 2016 e entrou em campo cinco vezes - a última delas na derrota para o Palmeiras, dois dias antes do acidente.