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Brenner Souza da Silva. Memorize esse nome, torcedor do São Paulo. Com 28 gols em 11 partidas do Campeonato Paulista sub-17, o atacante é tratado como fenômeno nas categorias de base do Tricolor. O garoto, inclusive, tem a oportunidade de bater o recorde do torneio. A marca pertence ao ex-palmeirense Gabriel Jesus, que fez 37 gols em 22 jogos na edição de 2014.
Presença constante nas convocações da seleção brasileira da categoria, Brenner nasceu em Cuiabá, no Mato Grosso. Começou sua trajetória no futebol em escolinhas da cidade do centro-oeste. Foi lá que chamou a atenção de um olheiro do São Paulo, que o indicou ao time do Morumbi. Contratado em 2013, o jovem atacante tem acordo com o Tricolor até 2020.
Nesta temporada, umas das atuações mais impressionantes da joia são-paulina foi na vitória sobre o São Bento. Brenner fez cinco gols na goleada por 9 a 0.
Brenner só pôde ingressar nas categorias de base do São Paulo quando atingiu idade para atuar no time sub-14. Mas sua primeira aparição no Tricolor foi em 2011, aos 11 anos. Ele fez um teste, foi aprovado e esperou a idade certa para poder ser alojado no CT de Cotia. Foi no sub-15, no entanto, que o atacante começou a chamar a atenção pelo faro de artilheiro. Foram 23 gols em 30 jogos.
Só que no ano passado, a média de gols de Brenner caiu consideravelmente. Foram nove gols em 30 partidas. Ele parecia estar guardando tudo para 2017... Veja abaixo o que o coordenador dos times de base do São Paulo, Pedro Smania, fala sobre a promessa do Tricolor.
– Brenner é um atacante com grande evolução dentro do clube. Tem um poder de finalização altíssimo com ambos os pés e tem um bom cabeceio. Tem um futuro promissor. É claro que ainda é cedo, ele tem 17 anos, precisa experimentar mais jogos, mais campeonatos, precisa enfrentar equipes de grande porte para suportar pressão externa e jogos decisivos. Tudo para que possa ganhar experiência e uma base sólida para que, quando a gente precisar em categorias superiores, não erre e queime etapas. Ele tem mobilidade e qualidade para jogar no lado também, inclusive de falso 9, um pouco recuado. Ele tem condições de jogar assim também. – analisou o dirigente.
É cedo, então, para pensar em Brenner no time profissional?
– Essa observação precisa ser feita com muito cuidado. Juntamente com o Rodolfo (Canavesi, diretor da base) e todas as comissões que fazem parte do processo. Tem meninos que estão jogando em categorias superiores à idade. Quando o trabalho é próximo e se dialoga bastante, a gente consegue errar o menos possível. Para colocar meninos na categoria de cima, a gente gosta de observar. Por isso que fazemos coletivos de duas categorias se enfrentando. Você vê como o garoto se comporta enfrentando atletas de idade superior – disse o coordenador.
– O Rogério Ceni tem olhado para Cotia com bons olhos. É um profissional que, além da história maravilhosa como jogador, tem como técnico o trabalho de preservar a base. Assim como temos o diálogo interno, possuímos um canal totalmente aberto com a Barra Funda. As transições têm sido muito boas – completou Smania.
O técnico Rogério Ceni ainda não viu Brenner ao vivo. Mas já foi alertado pelos profissionais da base sobre o talento do atacante e sabe da média fenomenal de gols. A intenção do técnico é, assim que conseguir uma brecha, acompanhar um jogo do atacante para poder avaliar melhor um futuro aproveitamento dele nos profissionais. Por enquanto, a ordem é ter calma.