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O meia Michel Bastos não faz mais parte do elenco do São Paulo. O jogador e a diretoria do clube do Morumbi entraram em acordo sobre a rescisão do vínculo que terminaria apenas em dezembro de 2017. A partir do dia 1º de janeiro, o atleta estará livre para assinar com quem quiser. E o Tricolor se livra de um dos salários mais altos do elenco, na faixa dos R$ 300 mil mensais.
Pelo acordo firmado entre as partes, ninguém pagará indenização a ninguém. O atleta abriu mão de alguns atrasados que tinha direito a receber, enquanto o clube não cobrou nada pela liberação antecipada.
Michel não deverá ficar muito tempo desempregado, já que mesmo antes de acertar sua situação com o São Paulo, já havia sido procurado por várias equipes.
Michel Bastos chegou ao Tricolor em agosto de 2014. No total, disputou 120 partidas e marcou 22 gols. A sua passagem pela equipe pode ser dividida em duas partes. Na primeira, no segundo semestre de 2014 e primeiro de 2015, ele jogou o fino da bola, foi um dos destaques da equipe. Tanto que em maio de 2015, acertou a renovação de contrato até o final de 2017.
No segundo semestre de 2015, o rendimento de Michel começou a cair. Ele perdeu a condição de titular e passou a ser criticado pela torcida do Tricolor, que reclamava do comportamento extracampo do atleta. No dia 31 de outubro, durante um jogo contra o Sport, ele marcou um gol e fez um gesto, mandando a torcida ficar quieta. Isso provocou revolta geral e o jogador, dias depois, acabou pedindo desculpa.
Mas, de lá para a frente, a situação só piorou. Tanto que antes de um jogo contra o Rio Claro, pelo Campeonato Paulista, a principal torcida organizada fez um protesto do lado de fora do estádio do Pacaembu com uma camisa com a inscrição "Migué Bastos" e um torcedor fazendo o papel de um jogador alcoolizado.
Michel seguiu fazendo parte do elenco, deu a volta por cima e foi importante neste ano na Taça Libertadores da América, competição que o Tricolor chegou até a semifinal. Ele marcou gols contra o Toluca e o Atlético-MG. Mas após a eliminação diante do Atlético Nacional, as críticas voltaram com força total e o clima ficou insustentável para uma permanência.
Para piorar, o CT foi invadido no dia 27 de agosto e Michel Bastos, Carlinhos e Wesley foram agredidos por torcedores. Apesar de ter permanecido até o final da temporada, já era sabido que ele não continuaria.