\n \n Assim\n que a queda de Mano\n Menezes foi consumada, três técnicos passaram a ter seus nomes\n comentados para assumirem o comando da seleção brasileira: Luiz\n Felipe Scolari, Muricy\n Ramalho e Tite.\n Em comum entre eles, um currículo muito mais recheado de títulos do que os\n últimos técnicos contratados pela CBF: Mano e Dunga, que fez seu primeiro\n trabalho justamente no ciclo entre 2006 e 2010.\n \n O\n histórico de conquistas será aliado no desafio do escolhido, que deverá ser\n anunciado em janeiro e terá apenas cinco jogos antes da Copa das Confederações:\n sua estreia será no dia 6 de fevereiro, em Wembley, contra a Inglaterra.\n Depois, nos dias 22 e 26 de março, partidas contra adversários indefinidos. No\n dia 2 de junho, novo desafio contra a Inglaterra, no novo Maracanã, e no dia 9\n está previsto um duelo contra a França - sendo que, nesses dois últimos\n confrontos, o treinador já terá que contar com o grupo que vai disputar a\n competição em gramados brasileiros, marcada para o dia 15 de junho.\n \n Único\n desempregado do trio de postulantes após ter participado de boa parte da\n campanha que culminou na queda do Palmeiras para a Série B do Campeonato\n Brasileiro, Felipão tem a seu favor o fato de ser o último técnico campeão do\n mundo pela Seleção. Era ele o comandante do penta, em 2002, feito que o levou a\n ser adorado nacionalmente. Porém, seus últimos trabalhos não têm sido dignos de\n elogios.\n \n Em\n 2009, após uma série de desavenças com os principais jogadores do elenco,\n Felipão foi mandado embora do Chelsea e depois treinou o Budyonkor, do\n Uzbequistão, sem grande repercussão. Voltou ao Palmeiras em 2010, conquistou o\n título da Copa do Brasil dois anos depois, mas não teve forças para tirar a\n equipe da zona de rebaixamento e acabou demitido em setembro.\n \n Felipão\n nunca escondeu de ninguém a ambição de comandar uma seleção na Copa do Mundo de\n 2014, no Brasil, mas em nenhum momento cogitou substituir Mano Menezes enquanto\n ele esteve empregado. Atualmente, ele tem cumprido uma agenda de compromissos,\n que inclui palestras e visitas, relacionados ao Ministério do Esporte. Por meio\n de sua assessoria de imprensa, afirmou que não recebeu nenhum contato da CBF.\n \n Outro\n nome que naturalmente desponta na lista denbsp;candidatos ao cargo é o de\n Muricy Ramalho, que tem contrato com o Santos até o fim do ano que vem, e conta\n com a simpatia pessoal do presidente da CBF, José Maria Marin. Na final do\n Campeonato Paulista deste ano, quando o Santos venceu o Guarani, o dirigente\n não se importou de estar em frente às câmeras e convidou o técnico para tomar\n um café. O primeiro flerte de Muricy com a Seleção ocorreu logo depois da Copa\n do Mundo de 2010, com a saída de Dunga.\n \n Na\n ocasião, respaldado pelo tricampeonato brasileiro conquistado no São Paulo, ele\n chegou a se reunir com o ex-presidente Ricardo Teixeira e demonstrou interesse\n em assumir o projeto da CBF para a Copa de 14, mas segundo o treinador, o\n Fluminense, seu então clube, não abriu mão do contrato verbal que já tinha\n acertado com ele. Muricy diz até hoje que havia acordado sua situação com Celso\n Barros, presidente da Unimed, patrocinadora do Flu, que conquistaria o título\n nacional meses depois.\n \n Muricy\n Ramalho já havia sido informado de um boato forte a respeito da demissão de\n Mano Menezes. Caso ele seja o escolhido, há grande possibilidade de Milton\n Cruz, observador-técnico do São Paulo, reeditar a parceria de sucesso na\n Seleção. Horas após o anúncio da saída do colega, Muricy se disse muito\n surpreso e comparou a situação atual à de 2010. O Santos não teme, por\n enquanto, assédio ao seu comandante.\n \n -\n Não vou sair sem a permissão do Santos, nem para a Seleção nem para outro\n lugar. Acho que todo mundo está se perguntando por que isso aconteceu. Daquela\n outra vez eu fui convidado, tinha uma posição definida e passei ao presidente\n no momento. Caso aconteça, vamos decidir algo - afirmou Muricy, em entrevista\n coletiva.\n \n O\n terceiro favorito à sucessão de Mano é Tite, campeão brasileiro no ano passado\n e da Libertadores em 2012 com o Corinthians. Depois de ser muito criticado,\n inclusive pelo vocabulário particular, o técnico se tornou quase unanimidade\n dentro e fora de campo. Idolatrado pelos corintianos, também tem a simpatia da\n diretoria da CBF, além de boa relação com Andrés Sanchez, diretor de seleções\n da entidade.\n \n Tite\n e Andrés, aliás, protagonizaram uma situação semelhante à atual em 2005, quando\n o técnico foi demitido do Corinthians por Kia Joorabchian, presidente do MSI, à\n revelia do diretor Andrés Sanchez, que, desta vez, também não aprovou a saída\n de Mano Menezes da seleção brasileira, mas cumpriu a determinação de seus\n superiores. Foi ele quem contratou Tite novamente, em 2010, para o Timão, e o\n manteve no cargo mesmo após a eliminação vexatória para o Tolima, na primeira\n fase da Libertadores de 2011.\n \n A\n possível ida de Tite para a Seleção assusta os dirigentes do Corinthians, mas\n abriria as portas do Parque São Jorge para a volta de Mano Menezes, campeão da\n Série B, paulista e da Copa do Brasil pelo Timão, além de xodó do atual\n presidente, Mário Gobbi. Mas com a disputa do Mundial de Clubes pela frente, em\n dezembro, o gaúcho só fecharia negócio após a competição. A final está marcada\n para o dia 16 de dezembro, em Yokohama. A entrevista coletiva que ele\n normalmente concede às sextas-feiras foi cancelada, em razão justamente das\n perguntas que seriam feitas sobre a saída de Mano e suas chances de assumir.\n \n Em\n 2012, nenhum dos três teve aproveitamento melhor do que Mano Menezes, embora o\n ex-técnico da Seleção tenha disputado menos partidas do que os possíveis\n sucessores. Foram 20, incluindo os jogos das Olimpíadas de Londres e o amistoso\n preparatório, contra o Reino Unido, com índice de 76,6%. O grande foco de\n críticas foi a derrota para o México na disputa da medalha de ouro.\n \n Felipão\n conseguiu 50,2% de aproveitamento à frente do Palmeiras, menos do que os 56,9%\n de Muricy no Santos e os 62,8% de Tite no Corinthians.\n \n \n \n \n