\n \n A corrida de três cidades para\n sediar a Olimpíada de 2020 promete ser acirrada após dois anos de campanha de\n Istambul, Madri e Tóquio, que lidam com seus próprios problemas antes da\n votação de 7 de setembro.\n \n O\n Comitê Olímpico Internacional vai eleger o vencedor na reunião em Buenos Aires,\n na Argentina, no próximo mês, sem nenhum favorito claro na campanha para sediar\n o maior e mais caro evento multiesportivo do mundo.\n \n Com os\n líderes das campanhas das três cidades preparando os últimos argumentos na\n Argentina, com o apoio de políticos e celebridades, um oficial do COI disse que\n a corrida nunca esteve tão aberta.\n \n "Não\n é que nem antes que a decisão geralmente já estava tomada", disse o\n vice-presidente do COI, Thomas Bach, há alguns dias. "Desta vez, eu acho\n que a apresentação (em Buenos Aires) será muito importante, talvez até\n crucial".\n \n Cada\n uma das três cidades têm destacado seus trunfos e vantagens que poderiam levar\n ao movimento olímpico se fossem escolhidas para suceder o Rio de Janeiro como\n próxima sede dos Jogos.\n \n Istambul\n oferece a primeira Olimpíada em dois continentes - as partes europeias e\n asiáticas da metrópolis -, conforme a Turquia, com uma economia crescente,\n espera se tornar o primeiro país de maioria muçulmana a sediar o evento.\n \n Tóquio\n procura sediar pela segunda vez, a primeira foi em 1964, baseado em ser uma\n escolha segura e sólida no meio de um momento econômico turbulento, afirmando\n que vai usar alguns locais da primeira Olimpíada que recebeu.\n \n Madrid\n faz campanha pela terceira vez seguida e joga com um alto percentual de\n estádios e ginásios já existentes, colocando o esporte como o coração da\n proposta.\n \n A\n escolha que mais de 100 membros do COI vão tomar, porém, pode não depender de\n aspectos esportivos.\n \n Istambul,\n fazendo a quinta tentativa nas últimas seis votações, foi afetada por\n manifestações violentas antigoverno, em junho, que se espalharam pelo resto do\n país e atrapalharam o momento da campanha.\n \n Os\n protestos diminuíram por enquanto, mas com o primeiro-ministro Tayyip Erdogan\n viajando para a Argentina para apoiar a campanha, questões sobre o\n descontentamento do povo do seu país serão inevitáveis.\n \n O\n crescente conflito na vizinha Síria e os temores de que possam atingir a região\n não são absurdos conforme os Estados Unidos ponderam uma intervenção militar.\n \n A\n Espanha entra e sai de recessões desde o estouro da bolha imobiliária em 2008\n e, com uma taxa de desemprego na casa dos 27 por cento, vai enfrentar problemas\n econômicos por pelo menos mais um ano.\n \n O\n primeiro-ministro Mariano Rajoy também admitiu um escândalo de corrupção, que\n reduziu a autoridade do partido governista Partido do Povo e manchou a imagem\n do país.\n \n Os\n oficiais de Madrid vão argumentar que isso não tem relação com os Jogos daqui a\n sete anos.\n \n Tóquio,\n que não conseguiu receber a Olimpíada de 2016 e é visto por alguns como tendo\n uma leve vantagem em relação aos rivais, irá fazer sua propaganda como uma\n campanha sólida para o COI, mas o terremoto de 2011 e o desastre nuclear de\n Fukushima ainda atrapalham.\n \n Águas\n radioativas vazando no oceano e o aumento do nível de gravidade do último\n acidente nuclear são notícias que Tóquio não precisa dias antes da votação.\n \n "Para\n sediar os Jogos, a situação de Fukushima não vai afetar Tóquio", disse o\n prefeito da cidade Naoki Inose na semana passada. No entanto, o vazamento\n recente foi o quinto e o pior desde o desastre e fica difícil prever como\n estará a situação nos próximos anos.\n \n Um\n relatório do COI divulgado em junho ofereceu algumas dicas de quem são os\n favoritos, com as três cidades sendo consideradas de "alta\n qualidade", e colocando a decisão nas mãos dos membros da entidade, que\n vão votar após a - crucial - apresentação.\n \n \n \n \n