VERSÃO DE IMPRESSÃO
Esportes
14/12/2017 15:30:00
Vinicius Jr. e mais rubro-negros "rejeitam" medalha e são criticados por Nalbert

SporTV/LD

Aos 17 anos e já negociado com o Real Madrid, o garoto Vinicius Júnior teve a chance de conquistar o primeiro título como profissional no Flamengo, mas bateu na trave: o Rubro-Negro terminou com o vice da Sul-Americana ao empatar no Maracanã, quarta-feira, depois de ter perdido para o Independiente na Argentina. Na premiação, a postura do garoto chamou atenção: Vinicius Jr. recebe a medalha, mas "rejeita" o objeto ao não colocá-la no pesçoço, atitude repetida por outros jogadores, como Rodinei e Pará.

Aos observar as imagens da premiação, o apresentador André Rizek criticou quem sequer colocou as medalhas e também quem "aceitou" o prêmio, mas em seguida tratou de retirá-lo, entre eles veteranos como Juan e Réver. A crítica foi engrossada pelo ex-jogador de vôlei e campeão olímpico Nalbert, torcedor do Flamengo.

  • Não acho legal, não é legal. Tem que ser valorizado (...) Acho até que nessa hora a diretoria, os líderes, os responsáveis pelo time têm que dar uma condução nesse sentido, de dar bom exemplo. Não acho legal. Queira ou não você chegou numa final. Quantos clubes gostariam de estar jogando uma final como essa? Faz parte do jogo perder, não é vergonha, ainda mais da maneira que foi, com o time lutando. É digno - afirmou Nalbert, no "Redação SporTV".

Para André Rizek, não é raro ver imagens como as registradas no Maracanã. Segundo ele, de modo geral, os brasileiros não encaram bem o vice-campeonato.

  • É difícil. O pior sentimento para o atleta, às vezes, é o vice-campeonato. Na maioria das vezes. É melhor perder antes. Quando você está numa final você está muito próximo da glória, do título, da vitória, do objetivo... e aí? A gente costuma brincar que a diferença do primeiro para o segundo "é mais do que dobro". A sensação para o atleta de perder uma final é difícil.

Apesar de dizer que a medalha de vice-campeão precisa ser valorizada, Nalbert admitiu, pela experiência como atleta, que é muito difícil digerir a derrota em uma final.

  • Uma coisa que me impressiona como jornalista esportivo é que a pior coisa que tem no Brasil é ser vice. Parece que é melhor ser décimo do que ser vice. É impressionante. Nós (brasileiros) tratamos um vice-campeonato Mundial em 50, em casa, enfrentando um adversário mais tradicional, experiente e maior (até então), como uma vergonha, uma derrota de 2 a 1 em final de Copa do Mundo - disse, se referindo à derrota para o Uruguai, no Maracanã (...) Já vimos até em olimpíada time brasileiro rejeitar medalha olímpica - destacou.