O\n presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, descartou nesta segunda-feira\n (14) sua candidatura à Presidência da República em 2014. Em debate durante\n Conferência Global de Jornalismo Investigativo, realizado no Rio, Barbosa,\n porém, deixou a porta aberta para refletir sobre uma eventual carreira política\n depois de deixar o STF, "no médio prazo".\n \n —\n Nunca cogitei [candidatura à Presidência], sempre tive uma carreira técnica.\n Agora, no dia que eu deixar o Supremo Tribunal Federal, no qual entrei jovem,\n ainda terei tempo para refletir sobre isso.\n \n Ele\n disse que dificilmente permanecerá no Supremo até os 70 anos, quando seria\n forçado a se aposentar compulsoriamente. Barbosa nasceu em 7 de outubro de\n 1954. Em resposta a um jornalista, sobre se pretendia permanecer no órgão até\n os 70 anos, foi breve.\n \n —\n Muito difícil.\n \n O\n jornalista, então, voltou a insistir na possibilidade de candidatura já em\n 2014.\n \n —\n Eu não tenho, no momento, nenhuma intenção de me lançar candidato a presidente\n da República. Talvez no futuro.\n \n O\n ministro também disse não se identificar com lideranças políticas hoje em\n atuação no Brasil.\n \n —\n O quadro político partidário não me agrada nem um pouco.\n \n Racismo\n \n O\n ministro também afirmou nesta segunda, durante o Congresso Internacional de\n Jornalismo Investigativo, realizado na PUC-Rio,nbsp;que a falta de discussão\n sobre racismo no Brasil é prejudicial para quem sofre discriminação.\n \n Segundo\n ele, a discriminação racial é "algo instintivo". O ministro criticou,\n por exemplo, o "panorama audiovisual", que não reflete a pluralidade\n da população brasileira.\n \n —\n Há uma nuvem de silêncio sobre essa questão. Essa nuvem é muito prejudicial\n para quem sofre [discriminação].