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Geral
20/04/2013 10:57:32
"Celular é pior que arma no presídio", diz federação de agentes em MS
O presidente da Fenaspen em MS, Fernando Anunciação, disse ao G1 que há um mercado de celulares no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Campo Grande.

G1MS/LD

\n \n O\n presidente da Federação Sindical Nacional dos Servidores Penitenciários\n (Fenaspen) em Mato Grosso do Sul, Fernando Anunciação, disse ao G1 que há um mercado de celulares no Estabelecimento\n Penal de Segurança Máxima de Campo Grande. Ele diz que é difícil controlar a\n entrada e o uso dos aparelhos no presídio.\n \n O\n comércio de celulares foi mostrado quando dois presidiários disseram que\n pagaram entre R$ 600 a R$ 1mil na compra de telefones celulares e, por meio dos\n aparelhos, coordenavam um grupo que, segundo a polícia, roubou quatro caminhões.\n Em nota enviada pela assessoria de imprensa ao G1\n na quinta (19), a direção da Agência Estadual de Administração do Sistema\n Penitenciário (Agepen) afirmou que desconhecia a informação acerca do comércio\n de celulares no presídio e que vai apurar o caso.\n \n "Celular\n é pior que uma arma no presídio. Porque o cara está preso, mas pelo celular\n consegue comandar o crime”, disse Anunciação. “Tem preso que conseguiu colocar\n dez celulares dentro do presídio. Eles alugam celulares e chips e ganham\n dinheiro em cima disso”, disse Anunciação.\n \n Além\n disso, segundo ele, visitantes recebem dinheiro para entrar com celulares no\n local. “Em uma fiscalização, teve um travesti que escondeu um chip na trança.\n Os agentes só conseguiram encontrar o chip porque tinha denúncia.”\n \n Anunciação\n disse que os métodos mais utilizados para levar celular para dentro do\n estabelecimento penal são visitas e o arremesso por cima dos muros da unidade,\n que fica no bairro Jardim Noroeste. Os aparelhos também entram escondidos em\n caminhões com alimentos e materiais.\n \n Segundo\n Anunciação, o sistema de fiscalização é falho, pois a revista manual não é bem\n feita e o detector de metais e aparelho de raios-x não funcionam.
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\n “[Fiscalização] não funciona porque são dois ou três agentes para vistoriar 400\n visitantes por dia. Algumas coisas passam mesmo. Quando os agentes descobrem o\n jeito que estão fazendo, os presos vão e criam outro. Somente um bloqueio geral\n no sinal de celular resolveria”, relatou.
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\n Na surdina
\n Conforme Anunciação, a quantidade de detentos dificulta a fiscalização de uso\n de celulares. “Geralmente eles usam no banho de sol. Tem 300 homens no pátio e\n não tem como entrar no meio, por isso a gente monitora de longe. À noite,\n geralmente não tem como entrar em uma cela que tem 20 presos em dois ou três\n agentes”, lamentou.
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\n nbsp;Hoje, segundo ele, 500 agentes monitoram 2,1 mil presos na Máxima.\n \n \n \n \n