\n \n O\n jornalismo como veículo fundamental para o registro dos processos sociais e da\n história de um país foi a tônica do Seminário Jornalismo e Memória, promovido\n pelo Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio e pela Fundação Biblioteca\n Nacional (FBN).\n \n Autor\n das biografias de Garrincha e Carmen Miranda, o jornalista Ruy Castro,\n inveterado apaixonado pelos arquivos dos veículos de imprensa, chamou a atenção\n para a necessidade de uma busca ativa nos acervos pessoais dos jornalistas,\n muitos deles riquíssimos, que tendem a se perder com o tempo. “Parece que as\n viúvas têm um grande prazer em jogar fora toda a papelada”, brincou o escritor,\n que completou dizendo que esses acervos podem preencher vazios importantes na\n história da imprensa brasileira e, por meio dela, do próprio registro da\n história nacional.\n \n Outro\n participante do evento, o jornalista Sérgio Cabral, falou da peculiaridade de\n quem pesquisa a memória de um país, seja em que temática for. “Eu descobri,\n neste tipo de trabalho, que o ser mais solitário do mundo é o pesquisador.\n Aquele bando de pessoas, um não tinha nada a ver com o outro. Um estava\n pesquisando sobre memória da moeda, outro sobre política externa e eu, ali,\n pesquisando samba”, destacou Cabral, um dos fundadores do Pasquim e outro\n defensor da importância dos arquivos dos jornais no próprio funcionamento das\n redações, ao lembrar de suas próprias experiências pesquisando o acervo da FBN.\n \n \n \n \n