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Geral
28/11/2013 08:59:56
Justiça autoriza que Gaeco atue no caso que investiga morte de delegado
Os acusados discordaram, sustentando que o ingresso do promotor do Gaeco fere o princípio do promotor natural, além de afirmar que a concessão do pedido implicará em excesso de acusação, porque o normal é a atuação de um promotor.

Correio do Estado/LD

O\n juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, Aluízio Pereira dos\n Santos, concedeu o pedido do Ministério Público para que um dos promotores do\n Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) possa atuar\n junto com o promotor de Justiça da vara no processo sobre o assassinato do\n delegado aposentado Paulo Magalhães Araújo, ocorrido no dia 25 de junho deste\n ano.\n \n Os\n acusados discordaram, sustentando que o ingresso do promotor do Gaeco fere o\n princípio do promotor natural, além de afirmar que a concessão do pedido\n implicará em excesso de acusação, porque o normal é a atuação de um promotor.\n \n Apesar\n dos argumentos apresentados pela defesa, o juiz concedeu o pedido, pois\n “trata-se de um crime de homicídio, cuja investigação está sendo complexa por\n natureza, a começar pelas diligências realizadas e ainda pendentes a âmbito\n policial, bem como número de testemunhas arroladas pelas partes”.\n \n Além\n disso, frisou o magistrado que a denúncia descreve que “o homicídio foi por\n pistolagem e a mando de terceiras pessoas mediante promessa de recompensa,\n portanto, em tese são mais de quatro pessoas envolvidas neste crime, número\n mínimo para atender um dos requisitos de uma eventual organização criminosa que\n porventura esteja por trás”.\n \n O\n juiz também afirmou que as investigações seguem em busca dos mandantes e dos\n motivos do assassinato. Outra possibilidade não descartada é a relação do\n homicídio com o jogo do bicho, pois testemunhas disseram que os acusados\n trabalharam nesta atividade por muitos anos, desse modo, mostra-se evidente o\n ingresso do Gaeco no seu dever de agir, sustentou o magistrado.\n \n Por\n tais razões, o juiz designou promotor do Gaeco para cooperar com o promotor de\n Justiça da 2ª Vara do Tribunal do Júri, além de colaborar com as investigações\n policiais para identificar os mandantes e eventual crime organizado que motivou\n o assassinato do delegado.