Geral
12/06/2013 07:00:02
Prostitutas pedem suspensão da campanha modificada pelo governo
Prostitutas que participaram da campanha de prevenção à aids vetada e depois modificada pelo Ministério da Saúde decidiram revogar a autorização do uso da imagem.
IG/LD
\n \n Prostitutas\n que participaram da campanha de prevenção à aids vetada e depois modificada\n pelo Ministério da Saúde decidiram revogar a autorização do uso da imagem.\n Nesta quarta-feira (12), uma notificação extrajudicial deverá ser encaminhada\n para a pasta exigindo a suspensão de todas as peças da campanha. "Também\n vamos formalizar o fim da nossa parceria com o Ministério", contou a\n presidente da Rede Brasileira de Prostitutas, Gabriela Leite.\n \n As\n participantes alegam radical mudança da campanha original, feita a partir de\n uma oficina de prevenção. Semana passada, o ministro da Saúde, Alexandre\n Padilha, determinou a suspensão da campanha. A justificativa era a de que as\n peças não haviam sido formalmente aprovadas. Dois dias depois, a campanha, com\n menor número de peças e com modificações, foi relançada.\n \n Em\n nota, a Rede observa que o governo retirou do ar peças que tratam de felicidade\n (com dizeres "Sou feliz sendo prostituta"), de cidadania (com slogan\n "O sonho maior é que a sociedade nos veja como cidadãs") e da luta\n contra a violência ("Não aceitar as pessoas da forma que elas são é uma\n violência"), deixando apenas as que associam prevenção com camisinha.\n "A valorização da autoestima é essencial. Não concordamos com a nova\n abordagem do governo", disse Gabriela.\n \n A\n presidente da Rede afirmou que a organização não participará de nenhuma outra\n iniciativa com Ministério da Saúde. "Os recentes episódios são um claro\n sinal de desrespeito", observou. A Rede já cancelou a participação numa\n oficina de trabalho, organizada pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites\n Virais programada para o início do mês. "Nossa parceria com o governo é\n histórica. Desde 1989 preparamos em conjunto trabalhos de prevenção, mas com a\n filosofia atual do governo, não há a menor condição", completou.\n Procurado, o Ministério da Saúde não se manifestou.\n \n \n \n \n