\n \n O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar\n (ANS), Mauricio Ceschin, disse hoje (30) que o órgão vai analisar casos em que\n a estrutura de saúde deficitária de determinadas áreas têm afetado a prestação\n de serviços dos planos de saúde – sobretudo em relação ao cumprimento dos\n prazos máximos para marcação de consultas e exames. \n \n “Os prazos valem para todo o território nacional. O que a gente\n tem percebido são situações específicas de algumas localidades que, para determinadas\n especialidades, estão tendo dificuldades. Vamos analisar, ver se isso procede e\n ver que medida podemos tomar ou não em relação aos prazos. Mas a gente não tem\n combinado nenhuma mudança do ponto de vista de alterar prazos em função de\n situações generalizadas”, explicou. \n \n Ao participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais\n do Senado, Ceschin lembrou que as normas atuais preveem o encaminhamento dos\n beneficiários para municípios vizinhos, caso a especialidade médica não esteja\n disponível na cidade onde o paciente mora. Os custos de deslocamento devem ser\n pagos pela operadora do plano de saúde. \n \n “Podem acontecer situações em que nem no município vizinho ou nas\n localidades adjacentes há esse recurso. Se isso for eventual ou alguma situação\n específica, a agência pode analisar alguma exceção. Se for generalizado, temos\n que analisar se aquela operadora tem condições de oferecer o produto para\n aquela população”, disse. “Não são muitos casos que vieram a nós. Temos\n condição de analisar caso a caso”, completou. \n \n Durante o debate, o diretor-presidente da ANS avaliou que o setor\n tem usado da chamada super utilização de tecnologia, e que o fenômeno tem\n resultado em desperdício. Segundo Ceschin, 30% dos resultados de exames\n encomendados a laboratórios conveniados, por exemplo, não são acessados pelos\n usuários. \n \n “Se ele nem vai buscar o resultado, [o exame] não é necessário. A\n gente tem mostras, diversos indicadores, de que há uma super utilização de\n tecnologia que nem sempre é em proveito do beneficiário. É nesse sentido que a\n gente precisa evitar desperdício”, explicou. \n \n Dados da ANS indicam que passa de 49 milhões o número de usuários\n de planos médico-hospitalares, incluindo levantamento deste mês. A expectativa\n do órgão é que, entre janeiro e fevereiro de 2013, os beneficiários totalizem\n 50 milhões. A agência contabiliza ainda 17 milhões de usuários de planos\n odontológicos. \n \n \n \n \n