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08/11/2013 09:00:00
BMG confirma que descontou dívida antiga em financiamento de aposentada em MS
Depois da publicação sobre o empréstimo da aposentada Antônia Dutra Souza, a matriz do BMG, localizada em Belo Horizonte, se manifestou sobre a operação financeira.

Midiamax/AB

Depois\n da publicação sobre o empréstimo da aposentada Antônia Dutra Souza, a \n matriz do BMG, localizada em Belo Horizonte, se manifestou sobre a \n operação financeira. De acordo com o banco, a transação de crédito não \n teve nenhuma ilegalidade, pois seguiu o contrato aprovado pela cliente \n antes da liberação do dinheiro. A empresa garante que ela teve a \n informação de que parte do crédito solicitado seria destinado para o \n pagamento de uma dívida dela com a instituição. \n ”O Banco BMG informa que, quando da celebração do contrato, \n objeto do esclarecimento, a Sra. Antônia Dutra Souza encontrava-se com \n contratos em aberto, firmados em 2009, de conhecimento da Sra. Antônia. \n Parte dos recursos foi utilizada para amortizar o saldo devedor dos \n contratos antes citados, que permanecem, inclusive, em aberto. A \n retenção encontra-se amparada contratualmente, quando da assinatura do \n último contrato. O BMG esclarece, ainda, que atua sempre de acordo com a\n legislação vigente e o respeito ao Cliente”, diz o parecer do banco \n sobre a situação da aposentada. \n A partir de 2011 o crédito consignado passou a ter mais \n empresasnbsp;presentes entre as primeiras posições da lista donbsp;Procon-MS, \n quenbsp;divulga asnbsp;instituições de comércio mais reclamadas. No ano seguinte\n o setor teve o seu ápice em problemas de relação de consumo no Estado. O\n momentonbsp;exigiu inclusive uma intervenção do órgão denbsp;defesa do \n consumidor na operadoras, quenbsp;foram chamadas para reuniões. \n No último ranking regional divulgado pelo Procon/MS, em setembro \n de 2013,nbsp;o BMG passou a ocupar a liderança, algo que aconteceu pela \n primeira vez desde o início da divulgação da lista. Em 2013, o banco já \n possui registrado no órgão 287 reclamações de consumidores. Entre os dez\n piores do ranqueamento ainda consta o Banco Cruzeiro do Sul S/A (227 \n queixas), nbsp;e o Paraná Banco/SA (com 161 queixas).\n “O crédito consignado nos dá esse grande problema que é dos \n consumidores super-endividados, É comum, e geralmente regida em \n contrato, o débito em uma conta cadastrada pelo cliente para o pagamento\n de dívidas com a empresa. Trata-se de um alternativa contratual que a \n pessoa se ler o acordo para a liberação do empréstimo verá. O que \n alertamos a esses bancos é que eles não podem ofertar crédito de maneira\n irresponsável. Tem que haver uma análise da situação do cliente antes. \n Agora nós sabemos que o consumidor por outro lado também força a barra \n para conseguir valores mais altos e precisa ver a sua realidade na hora \n de emprestar dinheiro, o impacto na sua renda disso", explica o \n superintendente do Procon/MS, Alexandre Resende, que criou no órgão um \n departamento específico para renegociação de dívidas, onde a pessoa tem \n anbsp; opção de saldar o débito sem prejudicar sua subsistência.\n Crime? \n Apesar de muitas vezes umnbsp;empréstimo mal elaborado ter um impacto\n direto na vida do consumidor, devido a situações específicas do acordo \n que prevê futuramente um comprometimento da renda do cliente, é bem \n difícil que a pessoa consiga ingressar com uma queixa-crime contra o \n banco. Isso porque, para ter acesso ao crédito a pessoa assinanbsp;que \n concorda com as condições da instituição. Entretanto, juros abusivos, \n condições de periodicidade ao pagamento e constrangimentos na hora da \n cobrança podem levar esse tipo de relação de consumo a Delegacia do \n Consumidor. \n “Primeiro de tudo é ler o contrato e fazer uma pesquisa de onde \n buscar o empréstimo. O consumidor pode buscar a delegacia do consumidor \n se vir alguma atividade irregular da empresa, com ele ou com outra \n pessoa e estamos aqui para receber denúncias. Quando algo de errado \n grave acontece o primeiro lugar que a pessoa vai é a Polícia. Agora o \n sujeitonão pode assinar sem ler, aceitar o dinheiro e as condições do \n banco, usar o recurso e depois de meses vir até a Delegacia reclamar. \n Existe uma questão de bom-senso e a Justiça observa todo um contexto de \n como a pessoa procurou os seus direitos. O ideal é que seja com \n agilidade”, diz o delegado titular da Decon (Delegacia do Consumidor), \n Gomides Ferreira dos Santos. \n