A BMW do\n Brasil e a matriz alemã foram condenadas pela morte do cantor João Paulo, em\n setembro de 1997, segundo sentença da 4ª Vara Cível do Foro Central da Comarca\n de São Paulo. \n \n Conforme\n a decisão, o acidente que matou o então parceiro artístico de Daniel foi\n causado por um problema no pneu da sua BMW 328i, que capotou na rodovia\n Bandeirantes (SP) e pegou fogo. A indenização por danos materiais e morais\n chega a cerca de R$ 400 milhões, afirmou o advogado da família, Edilberto\n Acácio.\n \n Em nota,\n a BMW do Brasil afirma que não concorda com a decisão. "A empresa\n esclarece que essa é uma decisão de primeira instância e que apresentará\n recurso de apelação junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo, quando o caso\n será novamente julgado por um órgão colegiado formado por\n desembargadores", afirmou a fabricante.\n \n De acordo\n com a decisão do juiz Rodrigo Cesar Fernandes Marinho, uma segunda perícia\n contrariou o laudo do Instituto de Criminalística na época, que apontou como\n causa do acidente a velocidade acima da permitida no momento do acidente. A\n nova perícia feita por um especialista afirma que a velocidade era superior\n sim, mas não provocaria a derrapagem e o capotamento. Segundo o laudo, o pneu\n dianteiro direito estourou, saiu da roda ou esvaziou repentinamente.\n \n Tanto a\n perícia policial quanto a do especialista independente verificaram que não\n havia marcas de pneus na estrada, o que diminui a chance de ter ocorrido um\n movimento brusco ou uma perda de controle do veículo pela velocidade excessiva.\n Além disso, a perícia inicial constatou que o acidente ocorreu a 268 km/h -\n velocidade superior à máxima indicada pela fabricante de 240 km/h. No processo,\n a BMW afirma que não pode afirmar qual era a fornecedora dos pneus.\n \n Após o\n acidente, o catalisador teria entrado em contato com a gasolina derramada,\n provocando o incêndio que matou João Paulo. Como a perícia não atribuiu a culpa\n do acidente ao motorista e a BMW não conseguiu descartar um possível defeito de\n fabricação no conjunto das rodas ou nos pneus, o juiz determinou uma\n indenização de dois terços dos rendimentos do cantor e mais R$ 300 mil por\n danos morais para a filha e a ex-mulher.\n \n De acordo\n com o advogado Edilberto Acácio, o cantor faturava em torno de R$ 1 milhão por\n mês e o valor da indenização, acrescido de juros, seria de cerca de R$ 400\n milhões.\n \n \n