Geral
02/02/2012 09:00:00
Bombeiros concluem apuração e Marfrig mantém curtume isolado
Após o acidente ocorrido na última terça-feira (31) no curtume da unidade de Bataguassu do frigorífico Marfrig, técnicos e fiscais do Corpo de Bombeiros, Imasul e outros órgãos estaduais estiveram no local para colher material necessário para montar o laudo. A empresa aguarda a conclusão pericial e
Midiamax/LD
\n \n Após o acidente ocorrido na última terça-feira (31) no curtume da\n unidade de Bataguassu do frigorífico Marfrig, técnicos e fiscais do Corpo de\n Bombeiros, Imasul e outros órgãos estaduais estiveram no local para colher\n material necessário para montar o laudo. A empresa aguarda a conclusão pericial\n e mantém a área isolada.\n \n A tragédia, que resultou na morte de quatro funcionários e mantêm\n outros três internados em estado grave, mobilizou várias autoridades e órgãos\n do Estado e colocou a pacata cidade interiorana em destaque nos principais\n noticiários do Brasil.\n \n A Defesa Civil acompanhou os trabalhos dos bombeiros, juntamente\n com três técnicos da Cetesb (Companhia Ambiental de São Paulo). Na tarde desta\n quarta-feira (1), a empresa responsável pelo depósito do ácido no tanque do\n curtume realizou a limpeza do local.\n \n Segundo o coronel dos bombeiros, Ociel Ortiz Elias, no curtume há\n um tanque subterrâneo de 15 mil litros, divididos em três, sendo cada um de 5\n mil litros. O acidente ocorreu quando a empresa responsável em abastecer os\n tanques foi fazer o servido e ocorreu uma reação química entre o produto\n depositado e o qual já estava no tanque, ocasionando o vazamento de gás\n Sulfídrico. De acordo com o coronel, na nota fiscal da empresa tecerizada\n constava o nome do gás coramim.\n \n As especulações até o momento dão conta de que os quatro\n funcionários que morreram eram os que estavam mais próximos do tanque. Em\n depoimento prestado ao delegado de Bataguassu, Pedro Caravina, o motorista\n alegou, na terça-feira (31), ter liberado 600 litros do produto,\n quando viu formar uma nuvem, então fechou a mangueira e saiu correndo do local.\n Em pouco tempo o gás tóxico se espalhou pelo curtume.\n \n O Ministério Público do Trabalho também acompanhou a investigação,\n pela presença da procuradora de Três Lagoas, Ana Raquel Machado Bueno de Moraes,\n e solicitou documentos à empresa e colheu elementos para montar o relatório.\n \n Agora, cada órgão deve fazer um relatório que será anexado à\n elaboração dos laudos que apontarão as causas do acidente. A polícia tem 30\n dias para mandar o resultado do inquérito para o judiciário.\n \n Volta ao trabalho\n \n Nesta quinta-feira (2), os funcionários ligados aos abates\n voltaram a trabalhar normalmente. Segundo a assessoria do frigorífico, a\n unidade de Bataguassu é dividida em dois prédios, sendo que em um funciona o\n curtume, onde ocorreu o acidente, enbsp; no outro, a cerca de 500 metros de distância,\n concentram-se os abates, onde não chegou o vazamento de gás. Na manhã de hoje,\n funcionários envolvidos no acidente tiveram em reunião com a diretoria da\n empresa.\n \n A Marfrig mantém o isolamento da área até que todos os\n procedimentos técnicos para o retorno da atividade sejam concluídos. Em nota, a\n empresa confrima que foi descarregado um produto químico em um compartimento\n inapropriado, que ocasionou uma reação química tóxica. A quantidade de gás não\n oferece mais risco, a empresa vai fazer uma descontaminação do tanque para\n voltar a funcionar, diz o coronel Ociel. \n \n \n \n