VERSÃO DE IMPRESSÃO
Geral
02/10/2012 09:00:00
Brasileiro mais satisfeito com a vida tem maior medo do desemprego
A pesquisa Termômetros da Sociedade Brasileira, divulgada hoje (2), informa ainda que os mais ricos são os menos satisfeitos com a vida.

Agência Brasil/LD

\n \n Na tentativa de medir a preocupação do brasileiro em manter o\n emprego e a satisfação dele com a vida, a Confederação Nacional da Indústria\n (CNI) fez pesquisa e constatou que as famílias com a maior e a menor renda são\n as que têm mais medo de perder o emprego. A pesquisa Termômetros da Sociedade\n Brasileira, divulgada hoje (2), informa ainda que os mais ricos são os menos\n satisfeitos com a vida.\n \n O Índice do Medo do Desemprego (IMD) registrou alta de 0,8% em\n setembro na comparação com junho, chegando a 75,3 pontos. Na comparação com\n setembro de 2011, quando foi registrado o menor valor da série iniciada em 2003\n (71,6 pontos), a alta chegou a 2%.\n \n Na avaliação do gerente executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade\n da CNI, Renato da Fonseca, este índice é considerado baixo e o aumento\n registrado no terceiro trimestre pode ser avaliado como "resultado da\n retração da atividade industrial e das notícias sobre a redução do ritmo de\n expansão do emprego".\n \n As regiões Centro-Oeste e Norte foram as que apresentaram maior\n crescimento do IMD: 15,1% na comparação com junho. A faixa etária que apresenta\n maior preocupação com o desemprego é a compreendida entre 40 e 49 anos (77,9\n pontos), seguida da entre 25 e 29 anos (77,7 pontos).\n \n No quesito escolaridade, o grupo mais preocupado é a das pessoas\n de nível superior (77 pontos) e o de ensino médio (76,7 pontos). No que se\n refere à renda familiar, as faixas que têm mais preocupação com o emprego são\n as situadas nos dois extremos: de até um salário mínimo (80,8 pontos) e as\n famílias com renda superior a dez mínimos (79 pontos).\n \n O Índice de Satisfação com a Vida (ISV) registrou 106 pontos em\n setembro – o terceiro maior da série histórica iniciada em 2003, abaixo apenas\n dos registrados em dezembro de 2008 (106,3 pontos) e em setembro de 2011 (106,5\n pontos). Com isso, se comparado a junho, o crescimento é 1,7%. Mas, na\n comparação com setembro de 2011, há uma queda de 0,5%.\n \n Uma curiosidade apontada pela CNI é que faixa etária mais preocupada\n com a possibilidade de perder o emprego (entre 40 e 49 anos) é a mesma que está\n mais satisfeita com a vida. Neste grupo, a pontuação relativa à satisfação foi\n 108,5 pontos.\n \n No que se refere à renda familiar, os mais ricos, com renda\n superior a dez salários mínimos, estão em segundo lugar no quesito satisfação\n com a vida, com 108,3 pontos, atrás apenas dos com renda entre cinco e dez\n mínimos (109,7 pontos).\n \n Para Renato Fonseca, o baixo IMD, associado à elevada satisfação\n com a vida, é uma indicação de que as pessoas estão dispostas a manter o nível\n de consumo, "e que o medo do desemprego é maior entre quem está mais\n satisfeito com a vida porque há uma tendência de as pessoas temerem a perda do\n que conquistaram".\n \n Os dois índices têm como base o ano de 2003, considerando como 100\n pontos o percentual médio registrado à época. A pesquisa Termômetro da\n Sociedade Brasileira do terceiro trimestre foi feita com 2002 pessoas maiores\n de 16 anos entre os dias 17 e 21 de setembro. \n \n \n \n \n