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Geral
23/01/2014 09:00:00
Caixa diz que aprimorou sistema de pagamento após fraude envolvendo Mega-Sena
A Caixa Econômica Federal afirmou nesta quinta-feira (23) que "aprimorou seus controles internos" para evitar novas fraudes.

Uol/LD

A\n Caixa Econômica Federal afirmou nesta quinta-feira (23) que "aprimorou \n seus controles internos" para evitar novas fraudes. Uma quadrilha \n desviou R$ 73 milhões em um esquema envolvendo um falso prêmio da \n Mega-Sena em 2013. \n Em nota, o banco disse que "abriu apuração interna e, como qualquer \n outro banco, diante de fato relevante, aprimorou seus controles \n internos".\n O esquema foi descoberto pela própria Caixa, que o denunciou à PF. \n Deflagrada no último sábado (18), a operação Éskhara investiga uma \n quadrilha que usou documentos falsos para abrir uma conta corrente em \n uma agência da Caixa de Tocantinópolis (TO), onde foram depositados \n cerca de R$ 73 milhões. O dinheiro foi desviado do banco e depositado \n como pagamento de um falso prêmio da Mega-Sena. Depois, foi transferido \n para outras contas em menores quantias em todo Brasil. \n A Caixa informou que não vai mais comentar o caso durante as \n investigações e que acionou a Polícia Federal logo que constatou a \n fraude. "O banco continua acompanhando o caso e está à disposição da PF \n para colaborar com as investigações", disse a Caixa, em nota. \n A PF prendeu no sábado (18) o suplente de deputado federal Ernesto \n Vieira Carvalho Neto (PMDB-MA). Ele é suspeito de fazer parte do esquema\n de desvio de dinheiro., o partido não quis comentar a prisão de \n Carvalho Neto. \n Os agentes da PF também prenderam o ex-gerente-geral da agência da Caixa\n em Tocantinópolis, Robson Pereira do Nascimento. De acordo com a PF, \n Nascimento tinha senha para acessar o sistema do banco, que libera \n recursos de prêmios de loterias. Para liberar o dinheiro do prêmio é \n preciso enviar informações sobre o bilhete premiado e esperar a \n autorização do banco. Segundo as investigações, o ex-gerente liberou o \n dinheiro sem autorização e sem enviar as informações do bilhete. \n A PF iniciou a segunda fase de investigações na segunda-feira (20). \n Segundo o delegado federal Omar Pepow, inicialmente foram identificadas \n as contas bancárias que mais receberam dinheiro do desvio e agora estão \n sendo analisadas os repasses menores. São pelo menos 200 contas \n bancárias envolvidas no esquema. \n Do total de R$ 73 milhões, cerca de 70% já foram recuperados. \n Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, receptação majorada,\n formação de quadrilha e da Lei 9.613/98 (lavagem de dinheiro), cujas \n penas somadas, caso condenados, podem chegar a 29 anos de reclusão. \n A investigação da operação Éskhara da PF tem participação do Ministério \n Público Federal. Participam da operação 65 policiais federais dos \n Estados do Tocantins, Goiás, Maranhão e São Paulo.