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Responder ao Censo é obrigação legal de todos os cidadãos brasileiros. A recusa pode gerar multa de mais de R$ 12 mil. De acordo com a Lei nº 5.534, de 1968, o pessoa que insistir em não responder à pesquisa fica sujeita a multa de até 10 salários mínimos.
Mato Grosso do Sul está em 4º lugar entre os estados brasileiros que menos coletaram informações. Ao todo, cerca de 44% da população foi recenseada, de acordo com a última atualização do Instituto Brasileiro de Geografias e Estatísticas (IBGE).
O coordenador de divulgação do censo no estado, Fernando Gallina, explica que a baixa porcentagem não está atrelada a recusa na resposta da pesquisa, mas sim ao baixo número de recenseadores trabalhando.
"Uma coisa acaba sendo imposta pela outra. Sem gente, não tem como, esse é o nosso verdadeiro problema. Em Mato Grosso do Sul, a recusa está em 2,19%, essa taxa estadual é menor do que a nacional. Nós fazemos vários esforços para que os cidadãos respondam à pesquisa", comenta Gallina.
As tentativas de contato com os moradores são várias. Gallina explica que os recenseadores passam nas moradias até cinco vezes, se ainda houver a negativa, o cidadão recebe uma notificação - uma espécie de carta com o QR Code para responder a pesquisa on-line.
Caso a pessoa insista em não responder, mesmo com a notificação, os recenseadores partem para uma abordagem ainda mais pedagógica.
"Um dos esforços que fazemos durante a supervisão é chegar nesses locais onde as pessoas se recusaram a responder. Assim, levamos a função e os benefícios que o Censo traz à população. Pela Lei, todo brasileiro é obrigado a responder o Censo do IBGE. Se houver a recusa, avisamos da obrigatoriedade e pessoa acaba respondendo", detalhou o coordenador.
Quando não há a resposta, o processo de convencimento passa a ser mais intenso por parte dos servidores do IBGE. "A multa é o último dos recursos. Vamos tentando de uma forma política e com conversas sobre a importância da pesquisa", finaliza Gallina.
Censo em Mato Grosso do Sul
Até 31 de outubro, pouco menos da metade da população havia respondido à pesquisa. O último balanço divulgado aponta mais de 1,5 milhão de pessoas ouvidas em Mato Grosso do Sul.
O fim das coletas estão previstos para dezembro deste ano. No estado, as cidades mais adiantadas na coleta de dados são: Brasilândia, Deodápolis, Paranaíba, Tacuru, Taquarussu e Sonora. Campo Grade tem um pouco mais de 44% da população ouvida.
Em Mato Grosso do Sul, 51,2% dos entrevistados são mulheres e 48,8% são homens.