VERSÃO DE IMPRESSÃO
Geral
19/02/2013 10:59:11
Condenado último réu pela morte do advogado Maksoud em 2006
Rafael Carlos Mosqueda, último réu a ser preso e a ir a julgamento pelo assassinato do advogado Willian Maksoud Filho, ocorrida em abril de 2006, em Campo Grande, foi condenado a 27 anos.

Midiamax/PCS

\n \n Rafael Carlos Mosqueda, último réu a ser preso e a ir a julgamento\n pelo assassinato do advogado Willian Maksoud Filho, ocorrida em abril de 2006,\n em Campo Grande, foi condenado a 27 anos. O júri popular foi realizado na\n última sexta-feira e o acusado preferiu não se pronunciar e não respondeu a\n nenhuma pergunta.\n \n Na acusação atuou o Promotor de Justiça Humberto Lapa Ferri,\n denunciando o réu no artigo 121, § 2º, incisos I e IV (homicídio cometido por\n motivo torpe com recurso que dificultou a defesa da vítima), c/c art. 29 e art.\n 288, parágrafo único (com concurso de pessoas em quadrilha ou bando), do Código\n Penal e art. 16 e seu inciso III da Lei n. 10.826/2003 (porte ilegal de arma de\n fogo de uso restrito). O Juiz titular da vara, Aluizio Pereira dos Santos,\n manteve as qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da\n vítima.\n \n Rafinha, como o acusado é conhecido, estava foragido desde o crime\n e foi preso no ano passado em Assunção, no Paraguai. Como ele fugiu, o processo\n e o prazo do crime foram suspensos e a ação penal foi reaberta em março do ano\n passado. O réu foi extraditado e, em juízo, confessou o crime. \n \n Rafinha também confessou, em depoimento em juízo, que ele tinha\n ido ao escritório de Maksoud outras duas vezes antes de matá-lo, para conhecer\n a rotina do escritório. No dia do crime, o comparsa dele, Edson Ferreira,\n entrou e se passou por cliente. Antes de entrar na sala do advogado, que estava\n acompanhado de uma pessoa, Edson rendeu o segurança e, da porta da sala,\n Rafinha disparou os três tiros. Ele foi socorrido para a Santa Casa e morreu\n dias depois.\n \n Doze pessoas foram denunciadas por envolvimento com o crime, mas\n somente quatro foram pronunciadas e três foram a júri popular. Edmilson dos\n Santos Pires foi condenado a 26 anos de prisão; Edson Ferreira, o Rato, a 23\n anos e 8 meses de prisão; e Paulo Eduardo Nepomuceno Alves, o Peréu, a 20 anos.\n \n Conforme o processo, William Maksoud Filho advogou para o PCC,\n recebendo como pagamento um veículo S-10 e cerca de R$ 100 mil para transferir\n um integrante do grupo aos estabelecimentos prisionais de Campo Grande, sem\n lograr êxito. O grupo, então, exigiu a devolução do pagamento.\n \n Maksoud reembolsou somente R$ 30 mil, tendo por imposição do PCC\n que arcar com o restante da dívida mediante a prestação de serviços. Todavia,\n Maksoud negou-se e foi assassinado.