Após ser supostamente torturado e preso por policiais militares, a\n Defensoria Pública, por meio do defensor substituto Mateus Augusto Sutana e\n Silva, garantiu a soltura do rapper Dumatu, no fim da tarde de sexta-feira (3).\n \n No dia 27 de dezembro do ano passado, o rapper Alisson Dumatu, foi preso\n após trafegar em alta velocidade, com passageiro sem capacete e ser flagrado\n com porções de cocaína. Segundo a irmã do acusado, Julia Grance, o músico teria\n sido torturado e alguns papelotes de cocaína teriam sido colocado em seu bolso,\n para incriminá-lo.\n \n Segundo relatos da vítima, ele foi abordado por vários policiais e levado\n para uma rua próximo à Avenida Guaicurus. Conforma a assessoria, Dumatu conta\n que colocaram um saco em sua cabeça, então deram-lhe vários socos e chutes,\n entre outros tipos de agressão, além de o amarrarem em uma “pau de arara”, por\n cerca de quatro horas. Ele também comenta que eles o deixaram nu e houve a\n abuso sexual.\n \n De acordo com a assessoria de imprensa da defensoria, as circunstâncias da\n prisão foram mal esclarecidas. “Tem-se, pela detida análise do depoimento do\n assistido e do adolescente, que estava com ele na data da ocorrência, indícios\n fortes da ilegalidade da prisão. Compulsando o auto de prisão em flagrante,\n denota-se flagrante disparidade entre a versão policial oficial e a trazida\n pelo requerente e pelo adolescente, trazendo-se a baila notícia de tortura\n envolvendo agentes Estatais”, relata o defensor.\n \n Foi constado que o rapper possuía algumas marcas pelo corpo, sendo registradas\n no momento da prisão. “O autor apresenta vermelhidão em ambos antebraços,\n vermelhidões nas costas e vermelhidão na altura das canelas, dizendo que são\n provenientes de tortura a que foi submetido no “pau de araras”, afirma Silva.\n \n No pedido de soltura consta que o músico tem empreso fixo, registrado como\n agente socioeducador, e é réu primário, sem nenhum antecedente criminal,\n envolvendo o tráfico de drogas.\n \n A PM (Polícia Militar) abriu uma sindicância para apurar a agressão\n praticada por policias militares da Rotam (Ronda Tático Motorizada).\n \n \n