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Geral
18/11/2015 06:53:00
Defesa de suspeitos alega que MPE não tem provas de desvios em rodovias
Promotores ouviram os 10 investigados na tarde e noite desta terça-feira

Correio do Estado/PCS

Ex-secretário Wilson Roberto Mariano chega para audiência (Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado)

As defesas da maioria dos 10 investigados pelo Ministério Público Estadual (MPE) sobre desvios milionários em obras da MS-171 declararam nesta terça-feira (17) que não há provas sobre os crimes, apenas indícios. O argumento utilizado foi para tentar diminuir o caso.

Durante a tarde e noite desta terça-feira (17), uma força-tarefa do MPE convocou os 10 suspeitos para oitivas na sede do órgão, no Jardim Veraneio, em Campo Grande. Os promotores tentaram manter todos eles presos, mas eles conseguiram habeas corpus e escaparam da prisão temporária, de duração de cinco dias.

As audiências começaram às 13h00 e o processo segue em segredo de justiça, por isso não houve manifestação do Ministério Público Estadual. Os investigados também evitaram como podiam a imprensa. O MPE, contudo, fechou o acesso à garagem da sede do órgão e todos os envolvidos tiveram que estacionar os carros do lado de fora do prédio e passar por um corredor formado por jornalistas.

Mesmo assim, ninguém quis dar declaração. Respostas curtas ficaram por conta dos advogados.

INVESTIGAÇÃO

O Ministério Público Estadual tem duas frentes para apurar. desvios em obras de duas rodovias, a MS-171, perto de Aquidauana, e a MS-228, em Corumbá

Por conta dessas apurações, que correm em segredo de justiça, pelo menos oito investigados já foram presos, entre eles o ex-deputado Edson Giroto e o empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos.

Pela apuração de desvios na MS-228, o MPE divulgou que o contrato em questão tinha valor de R$ 6,8 milhões e o desviado seria na ordem de R$ 2,9 milhões.

Na MS-171, não foram divulgados números pelos promotores. Na sexta-feira (13) à noite, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul informou que o juiz Carlos Alberto Garcete deu decisão favorável para a prisão temporária, de cinco dias, de dez investigados. No sábado (14), o desembargador de plantão, Claudionor Duarte, determinou a soltura de todos.

Os investigados nessa etapa são Edson Giroto, Elza Cristina Araújo dos Santos, João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Maria Wilma Casanova Rosa, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Cabral Tavares, Wilson Roberto Mariano de Oliveira, João Afif Jorge e Donizete Rodrigues da Silveira.

O promotor responsável por conduzir o caso é Thales Franklyn de Souza.