A Corregedoria-Geral da Polícia Civil prorrogou pela 2ª vez o afastamento compulsório do delegado Luccas Rodrigues Gomes e dos policiais Dagoberto Peters e Fernando Guerra Bagordache. A determinação foi publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (26). Os três servidores são acusados de de se apropriar de carga de contrabando, apreendida de um conhecido contrabandista baseado no distrito de Vila Vargas, em Dourados.

No texto, assinado pelo corregedor-geral, delegado Clever José Fante Esteves, os servidores ficarão afastados por mais 90 dias por conta de medidas cautelares impostas no processo em que são investigados. A ação corre em sigilo.

“Considerando que o resultado das investigações decorrentes dos autos epigrafados serão objeto de ação disciplinar neste órgão correcional e, em conformidade com o disposto no artigo 177 e seguintes, da Lei Complementar nº 114, de 19 de dezembro de 2005”, diz a publicação.

Além do afastamento por 90 dias, a Corregedoria determinou recolhimento da arma, munições, coletes balísticos, algemas, distintivos, carteira funcional e demais pertences do patrimônio público.

Os policiais também terão de entregar itens de uso pessoal em serviço, como camisetas com a identificação da Polícia Civil, e tiveram as férias canceladas. Senhas e logins de acesso aos bancos de dados da instituição policial (sistema Sigo) também ficam suspensas.

Fernando Guerra está lotado atualmente na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) de Dourados, mas até o ano passado fazia parte dos quadros da Defron (Delegacia de Fronteira). Dagoberto Peters é lotado na 1ª Delegacia de Polícia e fez parte do SIG (Setor de Investigações Gerais). Já o delegado Luccas Gomes é lotado na 2ª DP de Dourados.

Investigados - Luccas Gomes, junto aos investigadores Dagoberto e Fernando, foi afastado do cargo em dezembro de 2024, por suspeita de se apropriar de uma carga de contrabando. A mercadoria havia sido apreendida de um conhecido contrabandista que atua no distrito de Vila Vargas, em Dourados, a 251 km de Campo Grande.

O caso segue em segredo de Justiça. A decisão que afastou os três policiais foi publicada em portaria assinada pelo corregedor-geral da Polícia Civil, e determinou a suspensão das atividades por 90 dias, no dia 6 de dezembro do ano passado e em março deste ano o afastamento foi prorrogado pela 1ª vez.