\n \n Ela é agrônoma,\n doutora em Ciências do Solo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e\n desempenhou a função de pesquisadora da Embrapa Gado de Corte por mais de 30\n anos. Mas foram a vontade de abrir o próprio negócio, a paixão por flores e o\n desejo de criar ideias novas a todo instante que fizeram com que Roza Maria\n Shunke se sentisse realizada após se aposentar.
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\n “Sempre falava que ia montar uma floricultura. Tive propostas para dar\n continuidade à minha carreira através da área acadêmica, mas o que eu queria\n mesmo era mudar minha forma de vida”, explica. Segundo ela, a nova atividade a\n satisfaz por permitir aflorar seu lado criativo, leve e artístico; já que cuida\n de todo o layout e apresentação dos produtos do local.
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\n O tempo na Varanda amp; Flores, de Campo Grande, aberta em 2007, Roza divide\n com o filho, que após cinco anos como funcionário de uma indústria metalúrgica\n decidiu deixar o cargo para ajudar a mãe com a administração. “Foi uma\n oxigenação muito forte no meu trabalho. Ele sabe como gosto das coisas”, diz.
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\n Bernardo França é engenheiro de controle e automação e está cursando MBA em\n gestão. “É um trabalho prazeroso e gratificante ao mesmo tempo. Adoro trabalhar\n com ela; é uma honra ajudá-la a realizar um sonho”, destaca. Ele garante que\n nem algumas discussões do dia a dia do trabalho, relacionadas às estratégias de\n gestão, atrapalham a relação entre mãe e filho. “São sempre pensando no melhor\n para a empresa, mas logo chegamos a um consenso, pois o engajamento e o foco\n são os mesmos”, garante.
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\n O filho de Bernardo vem ao mundo daqui a dois meses; fato que deixa Roza ainda\n mais satisfeita de trabalhar em família. “Muito especial, pois um acompanha\n melhor a vida do outro. É uma forma que a gente tem de viver mais juntos”.
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\n Com as próprias pernas
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\n Ao ver aumentar o faturamento das empresas que atendia, o marido da coaching\n financeira Rejane Vidal sugeriu que ela abrisse o próprio negócio. Mas a\n consultora, que estava acostumada a melhorar a realidade de empresas já\n estabelecidas no mercado, teve que se preparar para iniciar a sua do zero.
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\n “Na minha família, ninguém tem comércio. Ainda me faltava conhecimento para\n poder começar o próprio negócio com segurança”, afirma. Para isso, procurou as\n palestras do Nascer Bem, projeto do Sebrae que auxilia empreendedores que estão\n iniciando ou têm uma ideia de negócio. Após fazer as capacitações, Rejane\n inaugurou neste mês a Surprise!, especializada em presentes criativos. Em\n formato de quiosque, o empreendimento está localizado em um shopping da\n Capital.
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\n Mesmo com a agitação do cotidiano, a empresária busca destinar sempre um tempo\n para ficar com a filha de oito anos de idade. “A forma que eu busquei para conciliar\n foi envolvê-la no processo. Além de levá-la todo dia na escola, procuro pedir a\n opinião dela na hora de comprar os produtos para a loja”, conta.
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\n Crescimento das mulheres empreendedoras
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\n Segundo pesquisa do Sebrae, entre 2001 e 2011, no Brasil, o número de mulheres\n empreendedoras aumentou 21%, enquanto o de homens apenas 10%. Neste período, a\n proporção das donas do próprio negócio que são “chefes de domicílio”, ou seja,\n sustentam o lar, subiu de 27% para 37%. E o número de mulheres com 50 anos ou\n mais passou de 25% para 31% do total de empreendedoras brasileiras.
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\n De 2002 a 2012, a estatística de negócios por oportunidade entre as mulheres\n cresceu de 39% para 63%. O Mato Grosso do Sul é o quarto Estado com a maior\n proporção de mulheres empreendedoras: são 33% do total de empresários (dois\n pontos percentuais acima da média nacional), perdendo apenas para o DF, RJ e\n SE.nbsp;\n \n \n \n \n