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Geral
09/08/2022 07:00:00
Diretor de presídio é demitido após fuga de 35 presos do PCC no Paraguai

Midiamax/LD

Após a fuga de 35 detentos da Penitenciária Regional de Missiones, no Paraguai, sendo a maioria membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), o diretor do presídio acabou demitido, e a penitenciária deverá entrar em interdição por 30 dias. 28 presos já foram recapturados.

Foi ordenado nesta terça-feira (9), pelo Ministério da Justiça paraguaia que Virgílio Valenzuela, direto do presídio, seja demitido. A penitenciária ficará sobre interdição por 30 dias e foi nomeado como interventor Victor Wilfrido Aliente.

Aliente deverá apresentar relatórios diários a direção geral dos estabelecimentos penitenciários, segundo informações do ABC Color. Durante este período serão realizadas operações, alocações de pessoal, avaliações e acompanhamentos. Também será feita uma investigação interna que poderá resultar em procedimentos administrativos. A suspeita é de negligência dos guardas da penitenciária na fuga dos detentos.

Presos recuperados Em menos de 24 horas de buscas, a Polícia Nacional do Paraguai já conseguiu levar de volta para as celas 28 dos 35 fugitivos da Penitenciária Regional de Missiones. As ações incluem, segundo informações do Ministério da Justiça, a participação de 300 homens e também o uso de helicópteros.

Desde o último domingo (7), quando ocorreu a fuga, foram montados esquemas de diligências que estão dando resultados. Os 35 presos que pularam o muro da penitenciária são ligados à facção criminosa PCC (Primeiro Comado da Capital), segundo informações das autoridades paraguaias.

Ainda de acordo com o Ministério da Justiça do Paraguaia, a maioria dos detentos está com ferimentos nas pernas e braço, provocados pela queda do muro da Penitenciária Regional de Missiones, bastante alto. Para conseguir subir, eles usaram corada feitas com lençóis e conforme as investigações, cotaram com o apoio de agentes penitenciários.

Fuga Os internos saíram pelos fundos da penitenciária, pularam o muro, subiram nas grades e desceram com cordas preparadas manualmente. Enquanto os presos escapavam, outros queimavam colchões e organizavam tumultos.

Entre os presos que escaparam, está Víctor Manuel Roa, condenado a 40 anos de prisão, e José Luis Durán Bobadilla, com pena de 27 anos. Ele é acusado de ser o principal suspeito do assalto e posterior assassinato do agente da Polícia Nacional Santiago Figueredo, ocorrido em Assunção em setembro de 2021.

Outros nomes como Eliodoro Paniagua Medina, suspeito de fazer parte de uma quadrilha de criminosos e implicado em um assalto milionário a uma transportadora de dinheiro, também estão nas ruas, além de Matías Moisés Olmedo Orzuza e Ángel Dionicio Trinidad Ayala, vulgo Toto'i, ambos processados ​​por roubo.