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No ano passado, 45 pessoas foram mortas em ações policiais em Mato Grosso do Sul. São 19 casos a mais se o número for comparado com 2020, quando foram registradas 26 ocorrências dessa natureza. O aumento foi de 73%.
A Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) informou que a quantidade de mortes decorrentes de intervenção policial faz parte do levantamento oficial divulgado pela secretária, que contabiliza as ocorrências de todas as forças de segurança.
Ainda segundo o órgão, as ações policiais com vítimas estão relacionadas ao número maior de reações às abordagens envolvendo pessoas armadas. "Todas as mortes decorrentes de intervenção policial foram apuradas de forma rigorosa e aconteceram durante confronto".
Em Campo Grande, foram ao menos dez casos durante conflitos com a polícia nos bairro Jóquei Clube, Jardim Noroeste, Santo Amaro, Piratininga, Guanandi II, Amambaí, Vida Nova, Santa Emília, Tijuca e Chácara Cachoeira.
Em um dos casos, ocorrido em maio do ano passado, Cezar Antunes Lima, 36 anos, foi morto durante troca de tiros com policiais da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), na Rua Ouro Branco, no Bairro Jóquei Clube. Ele era um dos suspeitos pelo latrocínio da artista plástica Catarina Maria Marquesi Moreira, de 72 anos.
No mesmo mês, Robert Mateus Rodrigues Anastácio, 19 anos, já estava na mira da polícia muito antes do confronto que terminou com sua morte a tiros. O rapaz, conhecido como “Mateus da Hortência” era investigado como possível chefe de quadrilha de assaltantes.
Em dezembro, um homem identificado como "Balbino Baiano", de 36 anos, morreu e o comparsa dele ficou ferido depois de troca de tiros com policiais militares, na BR-163, na saída para São Paulo, em Campo Grande. Os dois eram suspeitos de roubar um carro e estavam em fuga.